Quarta-feira, 8 de agosto de 2007 - 15h49
POLÍTICA & MURUPI
FRASE DO DIA
"Meus negócios são todos legítimos. Se Vossa Excelência tem alguma acusação contra mim, deixe claro". José Agripino respondendo à insinuação de Renan de que seria beneficiário de concessões e financiamentos públicos
Pauta política de 01 a 10
01-Barraco na ALE:
Um professor em greve de fome, ocupação do plenário e corredores pelos grevistas do Sintero, xingamentos, apitaço, houve de tudo. O dia como se esperava foi bem tenso na ALE. Bem que a Mesa Diretora tocar o barco, mas o banzeiro era grande e o presidente Neodi não teve outro recurso senão interromper os trabalhos em plenário. Foi a senha para começar outro barraco. Seguranças tentaram expulsar os grevistas e aí a turma resolveu passar a noite na ALE. A pressão começa a dar resultados e alguns deputados irão pedir - acredite se quiser - que o governo passe uma borracha no que eles mesmos escreveram. Hoje é um novo dia.
02-Barraco no Senado o filme:
Renan deixou por alguns momentos a cadeira de presidente e dirigiu-se à tribuna. O discurso, um emaranhado de "déjá vu", parece ter sido feito nas coxas e lido também nas coxas. Volta Renan à sua querida cadeira e, sem mais delongas, começa um bate boca de fazer corar um padre. O senador José Agripino foi com sede ao pote e recebeu, na lata, um chega pra lá de Renan deixando no ar o tamanho da munição que pode usar contra o desafeto do DEM. Tonto com o knock-down, Agripino ainda disse que se ele sabia de alguma coisa deveria denunciar. Acuado, Renan se comporta como qualkquer fera ferida: Defende-se atacando. É tudo ou nada
03-Barraco no Senado - o retorno:
Depois do knock-down em José Agripino, Renan enfrentou o senador Artur Virgílio do PSDB. A amizade declarada entre ambos, fez com que o discurso de alinhamento com o DEM, fosse num tom mais conciliador. Artur Virgílio, mais uma vez, mostrou-se constrangido ao comunicar que o seu partido, e falava como líder, estaria ao lado do DEM para obstruir os trabalhos a partir da votação do Supersimples. Artur Virgílio, que é lutador de jiu-jitsu, optou por "fazer luvas" e Renan voltou-se para Agripino dizendo que ele se precipitou e, foi aí que minha ficha caiu.
04-Barraco no Senado episódio final:
O termo "precipitação" usado por Renan contra Agripino, o tom conciliador do Artur Virgílio e o pedido do senador Raupp, secundado pela senadora Ideli, para que o Conselho de Ética vote logo o relatório, são indicativos de que o governo age nos bastidores para contornar a crise. Interessa ao governo que Renan fique no cargo e que o Senado não pare de votar. Com a entrada do STF, a bem da verdade, a pedido do próprio Renan, esvai-se a tensão no Senado. Depois do relatório, a votação vai para o plenário, onde Renan ganha tranquilo. Apesar dos apelos do Renan, Lula acha que ainda não é hora de meter o bedelho. Mas vai chegar a hora.
05-Conquistando a impunidade:
A Advocacia do Senado deu parecer contra o a abertura de processo por quebra de decoro em que figura como réu, o "limpeza pura", Gim Argello, suplente do ex senador Roriz. A explicação vem de uma decisão do STF: "o estatuto político-jurídico, ou seja, as normas que traçam os impedimentos, incompatibilidades, as obrigações, os direitos e os deveres dos parlamentares só são aplicáveis aos titulares dos cargos, e não aos suplentes". Já pensou se o |Fernandinho Beira Mar soubesse disso antes? Com a grana que tem, financiava a campanha de alguém e ia de suplente. Sem ônus, sem voto, com bônus e oito anos na moita. Que pais é esse?
06-Simples como toda boa idéia:
Investir em educação é trabalhar para o futuro. Os estudantes universitários, especialmente aqueles que pretendem ser professores, terão um novo incentivo a partir de 2008. O MEC prepara a implantação de um programa de bolsa de estudos, nos moldes ddas bolsas do CNPq. Ainda em elaboração, mas já dá para comemorar. O MEC busca, com isso, corrigir as lacunas na formação de professores para os ensinos fundamental e médio, especialmente nas áreas ligadas à ciência, como Matemática, Física, Química e Biologia. "Se não fizéssemos nada, teríamos problemas logo à frente", analisa o Ministro Haddad, um ministro do ramo.
07-Fim da bagunça:
A guerra fiscal entre estados já conseguiu que a Ford instalasse contra todo o bom senso, uma fábrica na Bahia. Ontem, o governo federal impôs o fim da guerra fiscal durante reunião do Confaz. Na prática é o fim da concessão de benefícios dos estados, que mais premiava empresas e grupos econômicos que a sociedade. A data de corte para a concessão de novos benefícios foi 6 de agosto de 2007, ou seja, um dia antes da reunião, para evitar que houvesse uma corrida dos estados para dar descontos, redução e até mesmo isenção de impostos, com a redução da arrecadação dos empobrecidos estados. Era algo como mendigo dando esmola.
08-Batendo cabeça:
A bendita investigação paralela no setor aéreo deu zebra. Começou quando o chefe doServiço de Proteção de Vôos de São Paulo impediu que a PF cumprisse o mandado da juíza da 2ª Vara de Guarulhos na torre de controle de Congonhas. O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, desceu a ripa: "Vão analisar o quê? As conversas? Nas mãos de pessoas não qualificadas, as informações podem ser perigosas. Nós somos os qualificados. É uma atitude perigosa. Tem que parar o controle de tráfego aéreo para retirar as fitas". O Japa irado e o Quilomblocada cantando: Bate-cabeça, irmão. Bate cabeça.
09-Duas boas notícias para empresas:
Primeira: O Senado aprovou ontem projeto que altera o Supersimples. O texto define que todas as integrantes do antigo Simples Federal podem migrar para o novo regime tributário além de dilatar o prazo para adesão passa para 31 de agosto. Segunda: A CCJ da Câmara aprovou a criação do Cadastro Positivo, que facilita a tomada de empréstimos e reduz a taxa de juros para o bom pagador. Para o autor do projeto, a taxa média cobrada dos bancos vai cair. Você pode ajudar a sair logo. Entupa a caixa de e-mails do seu deputado e do seu senador.
10-Pura babação:
A sabatina de ontem no senado com o Pagot, afilhado do Maggi, foi de um ridículo e de uma irresponsabilidade a toda prova. Nenhum questionamento. Vai que alguém questione e depois ele seja aprovado. Pode ficar mal o questionador pois o Pagot vai pilotar o poderoso DNit das obras, estradas, orçamento grande e muitos cargos. Na dúvida, mesmo com o exemplo do tal presidente da Anac, um fiasco aprovado também pelo Senado, o melhor é aprovar sem checar. A coisa estava a tal ponto que tive a impressão que a clara estava pelo lado de fora dos ovos.
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