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Leo Ladeia

POLITICA & MURUPI 17/04


          POLITICA & MURUPI

 

FRASE DO DIA

 

"Cada um tem o seu CPF. Ele responde pelo dele e eu respondo pelo meu". Atualíssima para o caso Expedito Jr., a frase é atribuída ao Governador Ivo Cassol quando da prisão do Carlos Magno.

01 a 10

 

01-CIDADANIA – Ação Civil Pública

Com a ação civil pública pode-se fazer a defesa em juízo do meio ambiente, do consumidor, de bens de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico e urbanístico. Pode-se também combater lesões e ameaças à ordem econômica e à economia popular. Além desses interesses, expressamente indicados na Lei da Ação Civil Pública (art. 1º), permite-se a defesa de qualquer outro apto a ser classificado como difuso ou coletivo, em cláusula aberta. Amanhã você vai saber o que são os interesses difusos. Aguarde.

 

02-Deixa pra lá:

Sempre achei que quando falavam de segurança máxima, estava implícita a segurança mínima. A penitenciária de Catanduvas no Paraná comprovou isso. Em menos de um ano Beira Mar já dá as cartas e tudo fruto da inação do estado brasileiro e do inepto governo que, com certeza, vai desmentir a reportagem. Dessa vez não se pode falar só do bandido. Afinal o que ele fez foi aproveitar a deixa. Aliás, deixar é o verbo do Brasil. Deixa assim, deixa pra amanhã, deixa pra Dilma, deixa pro Zé Dirceu, deixa o Waldir Pires em paz, deixa eu pensar, me deixa, deixa eu ver... e tudo começou há pouco tempo. "Deixa o homem trabalhar". Era a deixa que faltava.

 

03-Uma "cobra má matada":

Expedito terá que ser aquilo que o nome indica para manter o seu mandato, pelo menos por mais algum tempo. É que o Acir Gurcasz tem provado que é mais expedito que o próprio e anda a passos largos e rápidos. Enquanto o TRE vai diplomar hoje o homem da Cascavel, Expedito aguarda em Brasília o julgamento do seu recurso, paralisado, como se tivesse sido picado por uma cobra. Na briga, a cascavel abre vantagem e parte para o ataque final. Zé de Nana, mestre em "causos de cobra" explicou: "se a cobra for má matada dobra o veneno e arruína de vez".

 

04-Separando o marmitex:

O MST não divide mais o mesmo marmitex com Lula. O presidente enxergou o agronegócio e,  "encantado com sua nova invenção" – o biodiesel – jogou fora o boné vermelho. Só para variar, o MST resolveu fazer a única coisa que sabe: ocupou 13 fazendas em oito estados e prédios públicos no Distrito Federal e no interior paulista nos últimos 3 dias. Para mostrar quem é que manda em Brasília, ocuparam todos os 23 andares do Incra, pedem a cabeça do superintendente e mais uma coisinha sem importância: o assentamento de 1800 famílias no entorno da capital federal. A mais perfeita tradução do verbo sitiar.

 

05-Passando a perna no Chavez:

Lula deu uma rasteira no Chavez. Brasil e Venezuela assinaram um acordo para a construção de um complexo pertinho de Caracas, na Venezuela. Primeiro serão criadas as empresas. Uma delas será responsável pela construção da refinaria de etileno, para produzir 1,3 milhão de ton./ano. A outra uma usina. A produção é de tanta coisa numa quantidade tão grande, que se tornaria enfadonho citar. Tudo super, hiper, máster, e... bingo! O Chavez caiu no conto da construção. Nós aqui de Rondônia sabemos como é. O exemplo é o gasoduto Urucu /PVH. Se Lula faz isso conosco que somos brasileiros, o que não fará com Chavez que esculhambou a "sua nova invenção" – o biodiesel. O Chavez se ferrou nessa. Esse Lula é arteiro.

 

06-Passando a perna no Chavez II;

O ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, bloqueou ontem tentativa da Venezuela e da Bolívia de incluir na declaração final da 1ª Cúpula Energética da América do Sul a advertência de que a produção de matérias-primas para os biocombustíveis não deve prejudicar as safras agrícolas e áreas de proteção florestal. Foi a grande jogada brasileira e o Mr. Bush deve ter ficado orgulhoso do amigo Lula. Se a advertência fosse aprovada, o governo brasileiro teria passado o recibo para Fidel Castro e Hugo Chávez. Que foi uma bela rasteira foi. Gostei.

 

07-Glossário do Léo - Anarquia:

Anarquia é a estrutura social sem governo ou chefe. Um sonho hippie. Mas dá muito trabalho para implantar. Primeiro é preciso uma longínqua penitenciária de segurança máxima e um bandidão com jeito de líder. Os guardas não podem ser Caxias. Microfones e câmeras devem ser abolidos para que o contato do líder com a ralé seja facilitado. Na cadeia de comando usar a cizânia para fracionar sem precisar quebrar a hierarquia. A anarquia tem vantagens enormes. Para quebrar a hierarquia é preciso um apagão. A anarquia é simples. É como bolacha em promoção: já vem quebrada. Anarquia: não é tudo isso mas, é quase como se só isso fosse.

 

08-Deu burro na cabeça:

A primeira porrada da PF contra a quadrilha de bicheiros, magistrados, advogados e policiais não pára nas prisões feitas até agora. Os agentes caçam mais 120 envolvidos no esquema e não apenas no Rio de Janeiro. Quem é do ramo informa que o bicho é bem maior que o jogo. A propósito, os presos todos se recusaram a falar. Burro do primeiro ao quinto! Não deveriam falar antes, principalmente em telefones e não deveriam ter escrito nada. Afinal não é somente no jogo do bicho que "só vale o que está escrito". Ontem em São Bernardo – SP, 7.200 máquinas caça níqueis foram apreendidas. Novas e usadas. E tem muito mais entocada por aí.

 

09- Tirando os pratos da mesa:

"Tome sozinho o seu café, divida o almoço com o amigo e dê a janta para o inimigo". Não sei quem pagou a conta mas, sei que ninguém jantou e, foi para o vinagre a primeira tentativa do governo de barrar a criação de duas CPIs simultâneas e sobre o mesmo assunto. José Múcio foi o encarregado de pagar o jantar para o PSDB, Dem e PPS mas ai melou: "Espalharam a versão de que estaríamos negociando com o governo em troca de aumento de verbas de obras do PAC em Estados governados pelo PSDB. É invenção. Diante disso, achei melhor nem comparecer ao encontro", disse um líder tucano. Convencer vá lá. Tripudiar é demais.

 

10-Meia volta, volver:

É mais fácil mandar o Exército para o Haiti que colocar nas ruas do Rio de Janeiro. E olha que o governador Cabral e o presidente Lula querem. Ontem uma reunião foi feita para marcar a data da outra reunião em que a decisão será decidida. A priori, daqui a 15 dias. A posição do Sérgio Cabral, muito proativa e apriorística, precisa ser revista. Cabral terá que bater em retirada com suas tropas para o Exército entrar. O nome disso é intervenção federal e tem um custo político.

 

leoladeia@hotmail.com

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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