Quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 - 13h21
Frase do dia
“Quem dos dois ganhar, o governador Confúcio Moura perde." - Zé Carlos de Sá repassando fuxico de uma crudelíssima “Pipira” sobre a eleição na ALE.
01-Mão de ferro I
No dia em que inaugurou seu blog novo, o governador Confúcio Moura o fez em grande estilo. Os aviões do governo viraram “o avião” e explica: “Esqueçam aviões do Estado. Primeiro porque o Estado não tem avião. Tudo é alugado. Viajou pagou.” É só um avião alugado e para ser utilizado apenas para atender emergências. Por emergência entenda-se o transporte de alguém que precise de atendimento médico ou algo correlato. Não faço a mínima idéia de quanto a providência vai gerar de economia pois esse é um daqueles segredos fechados a sete chaves e com contratos espalhados pelos diversos órgãos do estado.
02-Mão de ferro II
A outra providência do governador Confúcio Moura envolve a frota de veículos. Não sei quantos são, quais são, onde estão, qual o estado de conservação ou qual a função ou a quem servem mas, deve ser uma baita frota. O governador mandou recolher todos os carros entregues a quem quer que seja, que não o mereça por ofício à garagem. “Este negócio de carro oficial é exceção e não regra. O cara deve ir para repartição e fazer seus contatos em seu próprio veículo ou bicicleta. O Gabeira quando Deputado Federal usou bicicleta por anos a fio,” blogou ele e prescreveu: “Todo mundo sabe que a onda do mundo agora é o corpo saudável. E corpo saudável se consegue é com caminhada.”
03-Mão de ferro III
Faltava um daqueles símbolos de status: o telefone celular com conta ilimitada, que já estava na alça de mira. Adeus às ligações a cobrar, grampos, modelos novos e pelo jeito, com novas regras, até o assessor para atender as ligações e livrar-se dos malas vai perder a cargo. O telefone passa a existir como meio de comunicação e apenas isso. A conta é limitada e o excesso deverá ser pago pelo usuário. É provável que a moda de usar vários celulares ao mesmo tempo dê lugar ao twitter, formspring, msn, skype, e-mail, videoconferência, etc. Como nos casos anteriores, não imagino qual será a economia mas, gosto das idéias.
04-Economizar é...
É claro que o governador Confucio Moura será taxado de demagogo por muita gente, em função das medidas de contenção de despesas que adotou. Prefiro não fazer juízo de valor, em função de não conhecer o “quantum” da despesa que existia e qual a economia que deverá ocorrer, quer em termos percentuais ou absolutos. De qualquer forma são medidas moralizadoras que como sempre têm forte apelo popular. Ter a opinião pública favorável principalmente no início de mandato é o sonho de consumo de qualquer governante. Confúcio Moura, um homem afeito às letras, não se descuidou da leitura e sabe onde pisa.
05-Receber um checão de volta
Ora, ora... o que faz o novo governador é o mesmo que fizeram outros mas lá do seu jeito. No governo passado a propaganda oficial apregoava o “Trabalho e Respeito” como estilo de governo que fazia mais por menos. O que faz o novo mandatário logo de início? Reduz custos fixos para fazer o mesmo. Com isso e com a nova ALE, já toma providências antecipadas e dá o mote para a cantoria do “me dá um dinheiro aê”. Se tudo correr como previsto no figurino, no futuro nem será preciso que a nova ALE assine um checão devolvendo dinheiro não gasto. Mas o pepino é “fazer a Mesa”. Isso é “custoso por demais da conta sô”.
06-Lucidez
O mote foi uma citação a Gabeira que fazia da bicicleta seu meio de transporte em Brasília e daí foi um pulo para chegar ao artigo disponível no site Estadão. Com sua peculiar lucidez, Fernando Gabeira comenta a tragédia que se abateu sobre o Rio de Janeiro analisando-a por vários ângulos. Do artigo saquei um trecho para reflexão: “Vai ser preciso muito energia para atacar todas as frentes ao mesmo tempo. A vida política local está um pouco em suspenso. Os deputados que perderam as eleições ainda não sairam; os que venceram ainda não chegaram. Deveriam se reunir, nem que seja para preparar o caminho dos que virão. É um ano que começa difícil. Vai ser preciso estar à altura do desafio, ou pelo menos crescer um pouco com ele.” Vale a pena ler e refletir.
07-Briga das boas
Enfim alguém deu as caras e partiu pro pau. O PSTU entrou com uma ação popular contra o decreto que autorizou aumentos para parlamentares, ministros e presidente da República. A ação ajuizada na 5ª Vara Federal de Brasília diz que o aumento é inconstitucional por violar princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa. O presidente do partido, José Maria, alega na ação que não é possível equiparar salários do Executivo e do Legislativo com os do Judiciário porque os tipos de função são diferentes. “Parlamentares e membros do governo não podem ser equiparados a cargos públicos de natureza estatal” e lembra que a Constituição não prevê equiparação de funções. Tô nessa aí.
08-Falando nisso...
Claro que ainda está bem vivo o aumento que se autoconcedeu o Congresso de indecentes 61,8%. O impacto econômico de inflar em R$ 860 milhões a folha de pagamentos do Congresso em 2011 que ano passado era de R$ 5,5 bilhões para despesas com pessoal e encargos sociais de parlamentares ou seja pulou para R$ 6,2 bilhões. Fora o acréscimo a repercussão deve alcançar o pagamento de encargos dos aposentados e pensionistas das duas Casas. Convenhamos é uma tragédia e vale comparar com outra – essa sim, tragédia real – lá do Rio de Janeiro. Tragédia por tragédia, a presidente Dilma mandou R$ 780 milhões para o Rio e vai desembolsar R$ 860 milhões com a gandaia do Congresso. Mesmo com toda dor, a tragédia do Rio ainda é mais barata.
09-Embananou o meio campo
Em dezembro o STF determinou que a Câmara dos Deputados empossasse o primeiro suplente do partido, e não da coligação, no lugar do ex-deputado Natan Donadon, que havia renunciado ao mandato. A liminar modificou uma regra que vinha sendo usada há mais de cinqüenta anos e abriu o precedente para empossar suplentes que entram nas vagas dos atuais parlamentares e que deixam a vaga para assumir cargos no Executivo. Claro que com a brecha aberta, muita gente foi pra porta pedindo o “querumeu”. Se vale para Brasília, vale para o resto e aí o rolo vai ser grande pelo Brasilsão de meu Deus afora.
10-Até tu TCU?
O Brasil não leva jeito para a seriedade nem mesmo onde ela é imprescindível. Ministros e procuradores do TCU estão usando de um expediente para viajar a seus rincões em fins de semana e feriados valendo-se de uma resolução bem camarada com cotas de R$ 14 mil a R$ 43 mil por ano. Segundo o TCU, são "compromissos de ordem institucional". Mas como explicar que ocorram só na sua terra? Bem, os coitados encaram demandas por "palestras, solenidades, congressos e homenagens". Para a OAB, o TCU não tem poderes para editar resolução que impacte cofres públicos: "Isso depende de lei. Só o Legislativo poderia fazê-lo." É isso ai: no país do faz de conta, até o TCU é faz de conta...
Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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