Segunda-feira, 20 de dezembro de 2010 - 09h44
“Enquanto brigamos por categorias e setores, enfrentando dificuldades no Ministério do Planejamento para conquistar um reajuste de 5%, 6% aos servidores, esta Casa apresenta uma proposta de reajuste de 62%.” – Deputado Mauro Nazif sobre o obsceno aumento de salários do Congresso.
01-Muxoxo de gregos e troianos
O Código de Processo Penal, “fiotin” do Senado gestado por oito anos, nasceu sem pai e está na incubadora da Câmara dos Deputados com poucas chances de vingar, a menos que façam uma intervenção radical para mudar sua cara. AMB, MP, OAB, polícias e até ONGs sérias olham enviesado para o rebento. Do que foi parido salvam-se talvez, as tornezeleiras e o fim da prisão especial. Sábado no Via Sat da TV Candelária o “pau de bater em doido” rodou em dose dupla: Marcos Vilela e o delegado Sandro Moura, moeram o fiote de cruz credo.
02-Insegurança jurídica
O tema é eleição e 2010 irá entrar para a história como o ano que não acabou. O Congresso rasgou a Constituição e enfiou um “fiote taludin” na barriga de aluguel. Com o clamor da sociedade, o Senado enfiou uma dúvida com tempo verbal e o “bixim” foi pra maternidade do TSE. Os “parteiros” viram que mesmo com o “buraco mais embaixo”, o parto seria difícil e travaram a indução. Se algo pode dar errado, dá errado, não é assim Seo Murph? Para acertar, a lambança desembestou. Não estranhem se jogarem a criança fora, e salvarem a placenta. Pelo andar da mula veia, a Ficha Limpa vai ser uma suspeitíssima Folha Corrida.
03-O surf do Confúcio
Lendo os recados de Confúcio Moura aos secretários de governo e as críticas, inclusive por serem alguns desconhecidos, vi o tamanho do pepino. Se tocar o dia a dia em grupo é penoso, mais ainda é montar equipe. O jornalista Carlos Chagas analisa hoje o “ministério possível” de Dilma e lembra o “ministério da experiência” de Getúlio, que tinha prazo de validade. Vou de surf na tradução: secretário já entra no “lip” (crista da onda) e tem que “dropar” (descer a onda). Como no governo é só “morra” (onda grande), difícil até para “bro” (fera), quem é “prego” (não sabe surfar) nem deveria estar na “bateria” (sessão de surf) e na primeira “vaca” (tombo) é vazar pra curtir o “caldo” (água que bebe no tombo).
04-Falando a mesma língua
O deputado Jesualdo Pires, um forte candidato à presidência da ALE, marcou um tento importante na corrida ao se posicionar ao lado do governador eleito na proposta de criação do consórcio municipal de saúde pública. A coisa é simples: os municípios decidem onde investir os recursos que provém de três fontes: quotas dos consorciados, recursos do SUS e das secretarias estaduais de saúde. “Como esses consórcios são formados entre municípios próximos, acaba facilitando na hora de planejar, adotar e executar programas e medidas destinadas à promoção da saúde, já que há necessidades em comum entre as cidades”. Jesualdo está colando no Confúcio e se cacifando antecipadamente.
05-Coisas da justiça
Apesar das contas de campanha do Confúcio Moura não terem sido aprovadas, o homem foi diplomado e nada existe que o impeça de ser empossado no cargo. Conversando com um advogado durante a feijoada – muito boa e barata – lá na Gare, ele fez pouco caso e disse que ninguém mais é punido por problemas na prestação de contas de campanha. É letra morta. Quanto a Natan Donadon a opinião do causídico é que apesar da liminar, ele não tomará posse. No Brasil do faz de conta é assim: o que parece ser não é e o que é, não parece ser. Ou seria vice versa? Faço de conta que acredito apesar de não acreditar. E vice versa!
06-O adeus milionário
A ficha não caiu e pelo andar da mula veia – ou seria pelo vôo do Aerolula – vai demorar pra cair. A placa de substituição foi erguida, Dilma está na lateral do gramado e emquamto Dilma já aquecida se prepara para entrar, Lula passeia em campo e tenta mais uma jogada. Ocorre que isso é só metáfora futebolística – foi ele que começou – e Lula da Silva para dar adeus, torra R$ 20 milhões com uma campanha publicitária para ele mesmo. Dinheiro que daria para construir mais salas de aula, comprar mais remédios ou mais livros numa campanha da despedida. Lula se despede como nunca antes nesse país e lembra Carla Perez quando saiu do É o Tchan. Só que o grupo torrava sua grana e não a do povo.
07-Glossário do Léo
Não vou encher o saco. É uma palavrinha só. “Sofisma: s.m. Raciocínio vicioso, aparentemente correto e concebido com a intenção de induzir em erro.” Sabe onde foi encontrada esta semana? Na Câmara dos Deputados. É incrível como uma idéia ganha adeptos facilmente se traz o condão de livrar a pele ou a cara de alguém. Não sei quem descobriu a pólvora mas o certo é que os deputados arranjaram um argumento convincente para eles mesmos: “precisam ganhar bem para não precisar roubar.” Isso é desonestidade intelectual ou sacanagem.
08-De qualquer forma...
Se o espetacular, fantástico, fabuloso e obsceno aumento dos nossos dignos e bem intencionados representantes servir para refrear a roubalheira no governo, valeu a pena a última esculhambação, se bem que me custa acreditar nisso. Se o aumento tivesse ocorrido no início do ano será que a “máfia dos rojões” teria o desplante de repassar emendas para picaretas de festas,que depois retornaram para quem as incluiu no orçamento? Duvido! Assim sendo, e com tanto dinheiro agora no bolso, será que os parlamentares teriam coragem de acabar com as emendas individuais? Duvido! A corrupção não é só um vício. É um vírus.
09-PT no campo com Confúcio
Prego batido e ponta virada. O PT não ganhou a secretaria de Educação mas, ficará no comando de uma área sensível – o agronegócio – com a Secretaria de Agricultura, Emater e Idaron. Crescem e muito as chances de Osvaldo Pitaluga e Anselmo de Jesus, ambos com fortes ligações na área. Para Confúcio Moura um achado. Além de gente do ramo ligada à agricultura familiar, pela qual tem forte inclinação, levará outro olhar para dentro da Emater e do Idaron. Nesse acordo e indicações, o velho matou a pau. Bom para o governo e ótimo para o PT.
10-Esgoto entupido, trânsito travado e obras paradas
Faltando 10 dias para encerrar o ano e nada de notícias sobre dois gargalos em Porto Velho. Depois de abrir buracos por toda cidade, as obras de esgotamento sanitário pararam e sem prazo definido para retorno. Explicação: irregularidades na contratação e falta de projeto. No trânsito a complicação é maior. Mesmo com a interferência do MP, a coisa se arrasta e trava desde a entrada da cidade com a paralisação da obra dos viadutos. Explicação: erro no projeto. Dois erros, duas obras e um só sofrimento. O trânsito mata. A falta de esgoto idem. É broca veio
Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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