Terça-feira, 21 de outubro de 2008 - 11h06
Frase do dia:
“É constrangedor para nós um conflito entre poderes" – Presidente Garibaldi Alves sobre o rolo do nepotismo no Senado e mais perdido que cego em tiroteio.
01- De mandioca e segurança I
Para se estabelecer uma análise estatística é preciso comparar uma série de eventos ocorridos em períodos distintos. Pode-se comparar a precipitação de chuvas, produção de mandioca, receita, despesa, tudo, inclusive índice de criminalidade, desde que sejam respeitados o período, a mesma fonte de origem e a certeza e rigidez na inserção dos eventos para a formação do banco de dados. Tomemos a mandioca como exemplo. No período de um ano foram anotados a área plantada, a colheita e venda do produto de 50 produtores numa área específica. Se no ano seguinte mudarmos o método, reduzindo o número de produtores ou deixando de anotar a colheita, comprometeremos a pesquisa.
02- De mandioca e segurança II
Um release da Sesdec informa que os índices de criminalidade
03- De mandioca e segurança III
Se uma estatística diz que houve um aumento da produção da mandioca em relação a um outro período, mas o preço disparou e o número de consumidores permaneceu o mesmo, desconfie da estatística. O que faz subir o preço é a procura maior, em razão da oferta menor. No caso da segurança, pode-se inferir alguma coisa entre a procura e oferta de serviços, mas o que me leva a questionar os dados apresentados no release é a percepção de insegurança, aliada a uma breve e objetiva explicação sobre as razões da queda dos índices em seu último parágrafo: ...o Governo...tem feito investimentos na Segurança, com a aquisição de veículos e equipamentos, além da contratação de novos policiais. Ora, por si só, isso não reduz a criminalidade e é aqui que a mandioca entra.
04- FeBeACon
Pra variar, começo assim: com tanta coisa grande e o Congresso se apequena. Pintou mais uma besteira como informa a Agência Senado: “A comercialização de tintas em embalagens do tipo aerossol a menores de 18 anos poderá passar a ser crime em todo o país, se aprovado o PLC 138/08 para coibir a pichação. Pela proposta, as embalagens de tintas em aerossol passarão a trazer inscritas as frases "Pichação é crime (art. 65 da Lei nº 9.605/98). Proibida a venda a menores de 18 anos". Os adultos terão que apresentar documento de identidade para comprar o produto, para registro do pintor na NF. Mas o grafite, desde que consentido não é tratado como crime. Vixi, cadê o thinner?
05- Veneno para nepotismo: concurso público
Dois diretores do Senado Federal optaram por uma solução digamos assim, familiar e se pirulitaram do cargo que ocupavam. A conta foi simples e privilegiou a renda familiar. Os dois saíram e abriram espaço para que a parentela, que já estava agarrada no osso, permanecesse somando o rico dinheirinho da família. Um ex-diretor de senado encontra – se já não tinha – uma fácil colocação no mercado de lobistas e empresas que têm interesse a tratar – melhor seria contratar, atacar ou contra-atacar – no Congresso, nas autarquias e outros penduricalhos do poder político, ou seja, continuarão caindo de boca nas tetas da viúva. E enquanto existirem os CDSs, sem concurso, a safadeza continua.
06- Vitamina para nepotismo: maracutaia
Existe uma chaga do serviço público que é bem conhecida aqui em Rondônia. È o tal do nepotismo cruzado, em que os parlamentares nomeiam parentes uns dos outros. A idéia que vingou aqui e alhures durante muito tempo, volta com força total na ilha da fantasia. Em Brasília, ínclitos parlamentares, obrigados pela justiça a demitir a parentela querem adotar o troca-troca entre Senado e Câmara, tipo assim: o deputado nomeia a mulher do senador, que faz a gentileza de receber um jovem mancebo, por acaso filho do também ínclito par, numa sucessão de mimos pagos por nós que os colocamos lá. E tome rock!
07- Driblando a crise do Bush
Guido Mantega e Henrique Meirelles receberam hoje os seus executivos de bancos estatais e anunciaram: Vai chover dinheiro na horta e na construção civil. Para a safra de 2008/2009, além dos R$ 7,5 bilhões oriundos do empréstimo compulsório bancário, uma “shiringada” de mais R$ 2,5 bilhões. Para manter o nível de construção e deixar a “peãozada” com um troco no bolso, uma “lapada” de R$ 3 bilhões via CEF e BNDES. E não fica só nisso. Se necessário, o colchão de dólares em reserva pode dar um refresco no crédito oficial. Um dia como essa segunda feira, era tudo o que o mercado queria. A Bolsa subiu, o dólar baixou, e deve ter chovido no Brasil todo. É Lula contra a urucubaca
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08- Cassino Brasil
“Dívida de jogo” é sagrada, diz a máxima, mas os jogadores debandaram e o cassino precisa reabrir e continuar. Está em curso e com jeito de ter recebido um empurrãozinho oficial, uma operação para reduzir a dívida contraída na roleta do dólar, por quase 100 grandes empresas. Os bancos oficiais assumiriam o risco com deságio e os particulares se livram do mico. Ainda que nem todos saiam ganhando, as empresas perdem menos, o cassino ganha menos e as regras se estabilizam. E tudo deverá ser feito sem alarde e sem a intervenção da justiça, pois existem detalhes da ciranda que não podem sequer, ser mencionados antes que o croupier anuncie uma nova rodada. “Senhores, nó más”.
09- Limpeza pura
Com o título “O fabuloso destino de Rondônia no Senado” o site “Congresso em Foco” relembra uma série de revelações sobre Expedito Jr., Acir Gurcaz e Melki Donadon. O primeiro no exercício do mandato mas pendurado na justiça e os outros dois no aguardo da decisão do TSE, mas também pendurados na justiça. O artigo é assinado por Mário Coelho e repercutido por aqui pelo site www.tudorondonia.com.br. Vale a pena a leitura Numa conversa informal recolhi de uma autoridade aqui de Rondônia o seguinte comentário: “Não sei o que é menos pior para Rondônia, mas defendo que tudo seja eviscerado”. Ri da frase. Eviscerar é o verbo mais apropriado mesmo “seo” doutor.
10- Uma no cravo outra na ferradura
O Senado aprovou o projeto de lei acabando com o fator previdenciário e agora depende da Câmara. Se aprovado vai elevar o valor dos benefícios previdenciários. Mas outro projeto busca majorar a idade do segurado. Assim além de comprovar o tempo de serviço, o segurado deverá comprovar a idade exigida. O governo bate na mesma tecla ao ver na previdência pública o único caminho e não incentivar a previdência privada. E mais ao deixar de olhar para a previdência de funcionários públicos bancada – fator de incentivo ao emprego público – pelo governo e mantida pelo contribuinte. Pensar numa reforma previdenciária não passa pela cabeça de ninguém. Falar então, é palavrão.
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