Terça-feira, 3 de abril de 2012 - 06h37
Frase do Dia:
“Em casa que mulher manda
até o galo canta fino.”
Partido alto apropriado para a estação
01-Política pública de segurança I
Gostei da frase do secretário de Segurança: “A partir de agora, bandido em Rondônia só tem dois caminhos: ou a cadeia ou o caixão”. Gostei mas não senti “firmeza”. Explico: com as obras de pelo menos dois presídios paralisadas em Porto Velho e a superlotação no sistema prisional é mais fácil acreditar na segunda opção. Mas aí a “porca torce o rabo”. Como será o “modus operandi”? Se não existirem vagas no sistema a sentença de morte será dada por quem? Juiz, secretário ou policial. E se o policial cumprir a ordem responde pelo resultado na justiça? Vixi...
02-Política pública de segurança II
A Polícia, braço repressivo do Estado pode usar da violência para manter a ordem, sob a lei e respeitando os direitos do cidadão, como a vida e integridade física. Ou seja, mesmo que use da violência responde pelo uso. Na área de segurança pública há um ponto nebuloso. O preso ou apenado é o cidadão que foi preso pela polícia, julgado e posto numa cadeia para cumprir um período de ressocialização. Aqui a “porca torce o rabo”. Nos depósitos de presos, presídios ou escolas de crime a polícia só entra, com ordem judicial. Mas, como combater os crimes dos presos e agentes que ocorrem lá todos os dias? Para quem está na prisão só sobra o caixão?
03-Política pública de segurança III
Poderíamos falar por muito tempo de questões, padrões, variáveis e é provável que nem assim chegássemos à metade do que é necessário para formular uma política pública de segurança. Mas a bendita frase, ainda que vontade represada, e por mais que agrade, não irá resolver o problema, parte dele e é possível até que crie mais um. Apesar de cobrar sempre, não tenho ilusões. O crime nosso, do pé de chinelo, de cada dia é meio. Na ponta do novelo está a corrupção tolerada, incentivada e praticada nos escalões dos poderes constituídos. Aí a “porca torce o rabo”: como a polícia deve agir com o bandido oficial? Passar a mão, prisão ou caixão?
06-Política pública de segurança IV
E lá para as bandas de Cacaulândia os bandidos não devem ter lido o noticiário e, sem saber que o bicho vai pegar pros lados deles, pregaram fogo num caixa eletrônico do Banco do Brasil e para variar usando dinamite, artigo tão fácil de achar quanto uma pinga ou um baseado. Na saída foram tocando horror e “pavorando” meio do mundo. Fugiram num carro e na frente tacaram fogo no veículo. Como se fosse a coisa mais fácil do mundo pegaram outro veículo e aproveitaram para levar um refém. Mais à frente uns 20 km depois deixaram o segundo carro, o refém e caíram na capoeira. A polícia faz buscas e se encontrar já sabe: ou é prisão ou caixão.
05-Enxugando gelo
Conversava ontem à noite com o Chico Lemos quando ele usou a expressão para se referir às ações na área da saúde: “Léo, estão enxugando gelo”. É estão e não apenas na área da saúde. Vem comigo para alguns exemplos: toda obra é de responsabilidade do DEOSP que não tem estrutura sequer para fazer o projeto. Pareceres jurídicos são com a PGE. Esperem para ver o pepino que vem por aí com a história de transformar todo mundo em celetista. O Iperon trata do futuro do servidor, com o rombo do passado. A transposição está em compasso de espera. Para cada canto que se olha, salvo raríssimas exceções, tem água escorrendo da barra de gelo.
06-Um naco do holerite
O Ministério do Trabalho anula base sindical e Sticcero não representa mais trabalhadores de Jirau e Santo Antônio, informa o Rondoniagora. E segue a notícia informando que a base ficou garantida ao Sintrapav. “É mais um capítulo da disputa envolvendo CUT e Força Sindical e que já teve decisões contrárias no âmbito local”, acrescenta a matéria. Curiosamente a decisão sobre quem é quem no movimento chega após a negociação que pôs um fim à greve nas Usinas Jirau e Santo Antonio por um dos sindicatos. E tem trabalhador que paga e acredita que “lá em cima” alguém da República Sindical Brasileira luta para engordar o seu contra-cheque.
07-In loco
Fui ao João Paulo II em busca de informações sobre o paciente das larvas que saiam pela boca. Está lá bem cuidado e em recuperação mas, infelizmente ele carregará seqüelas pelo resto da vida. Se o desfecho do caso é terrível, não menos é a origem. O homem com sérios problemas mentais teria se isolado por meses num quarto em Ariquemes resistindo a tratamentos depois de ter feito sem ajuda uma extração dentária que resultou numa séria infecção. O homem foi assistido por uma equipe de múltiplos especialistas desde que deu entrada no hospital no dia 24 de março inclusive com suspeita de que fosse portador de câncer. A coisa é bem complexa.
08-Patrulhamento discutível
Ontem ao falar da ditadura disse que o Brasil não pode temer um encontro com o seu passado e de forma natural. Algo como o desejo de alguém que tenha sido adotado, de conhecer a sua família biológica. Nada forçado. Vejo porém com temor algo que está aparecendo com jeito de orquestração: a revisão da lei da anistia. Lei é lei e ponto. A lei da anistia foi importante em um determinado momento. Revisá-la é desprezar isso. Para usar o exemplo é buscar a razão da mãe biológica ter dado o filho para adoção e puni-la sem ter vivenciado o momento passado.
09-Apertado, ado, ado...
O DEM apertado e Lula promete erradicar o partido. O DEM apertado espreme e Sai o Arruda, O DEM apertado espreme o Demóstenes Torres. O DEM é o “cabra marcado para morrer” e vai morrer. O mensalão na reta do julgamento e o ex ministro da Justiça do Lula faz uma forcinha para desmembrar o processo e ajudar seus clientes. Ministros do governo apertados foram pra rua mas não o amigo Pimentel. Por fim, apertado, o presidente da Casa da Moeda foi pra rua e o STF barrou a investigação do seu chefe Mantega. Ado, ado, ado. Cada um você já sabe...
10-Três perguntas cretinas
Será que o Demóstenes Torres com toda a tarimba de homem do Ministério Público e tendo o advogado mais famoso de Brasília agüenta mais uma rodada de bingo? Por falar em bingo, o jogo do bicho continua firme em Porto Velho. Será que já é legal? Faltam 20 dias. O que será?
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