Sábado, 29 de junho de 2024 - 08h03
Preparados? Apertem os cintos, mais ainda do que
imagino que já está bem justo, porque os pilotos sumiram. No mundo inteiro. O
segundo semestre do ano de 2024 vem aí e não precisa ser bidú para antever que
serão meses no mínimo intrigantes, e para não lembrar que estamos todos numa
ciranda danada.
Os seis primeiros meses de 2024 passaram muito rápido, você
também deve ter essa impressão. Como pego o calendário do mês vencido e faço
aviãozinho imagino sempre o tempo voando mesmo. Não foi fácil. Mas ando temendo
pelos próximos aviõezinhos nos céus deste mundo ainda cheio de perturbadoras
guerras, crescimento do fermento da extrema direita nos espreitando, eleições
aqui e ali que acabam repercutindo em nossas casas, e ouvindo diariamente o
alarme das emergências climáticas. Isso só para resumir. A gente podia
aproveitar e comemorar uma espécie de réveillon do segundo semestre, todos
fazendo orações, prometendo sermos melhores (como sempre), tentando ao menos
planejar alguma coisa.
Tá bom, ninguém melhor do que eu sabe o quanto está difícil
manter o otimismo, mas precisaremos dele. Vai, pode ser, para começar, torcer
pelo Brasil nas Olimpíadas, uma vez que pelo menos ali teremos mais esportes, e
além do futebol que nem estará lá, e o que tememos no momento, parece que também
não estará por muito tempo na Copa América.
Bom dia, boa tarde, boa noite, boletos e faturas! Tenho
pesadelos com eles chegando por todos os meios, e até certa nostalgia quando
eram entregues aos montes enfiados debaixo da porta de entrada; faziam um
barulhinho típico roçando o chão, sem pedir licença. Ah, o dólar anda
disparando e se alguma de suas contas o tiver como referência, meu caso nos
aplicativos do site, poderá entender meu sono agitado. Lula não vai parar de
falar o que lhe vêm à cabeça, o que nesta gestão 3.0 parece mesmo língua solta.
Não deixará ministro nenhum ser maior do que ele, quem o conhece sabe disso.
Muito menos mudar de ideia – se não mudou até agora – quanto a alguns de seus
amigos ou aliados ou a quem precisa afagar aqui e ali. Sem maiores detalhes,
que você os conhece. Enquanto isso o grupo inimigo inacreditavelmente continua
à solta, fazendo bozolices cada vez mais e mais, quanto mais estivermos
próximos às eleições. A torto e à direita.
Numa América Latina bem esculhambada como sempre, o show
deve continuar. A ONU grita e ninguém escuta. Nos Estados Unidos, socorro! –
leseira versus doideira bota o mundo em alerta quanto a aquela malinha que
dizem que os presidentes carregam para lá e para cá com nossos destinos. Ou o
tal telefone vermelho que pode dar uma ordem mortal. Aparelhinho, botão, senha,
e-mail ou WhatsApp que também pode estar sendo combinado lá para aqueles lados
de Rússia, Coreia do Norte e afins. Não lembro de outro momento em que ao olhar
o mapa-múndi pudéssemos espetar tantos seres que parecem saídos de um filme de
comédia usando o terror.
Assim, sigamos! Também sabendo o que não podemos deixar de
forma alguma que continue, como a violência e descontrole dando seus sinais,
piorada certamente pós-pandemia e com a saúde mental de tantos bem abalada.
Hoje vemos crescentes atos que pioram ainda mais a situação de vários grupos,
mulheres, crianças, idosos, negros, LGBTs e o povo mais carente que tanto
necessita de apoio. Não está normal o tanto de gente armada dando tiros por aí,
trocando socos, planejando crimes.
Ou planejando e tentando executar, como temos sabido cada
vez mais, por exemplo, de parlamentares tentando criar ou mudar leis com ódio e
ignorância, como se quisessem descontar em nós todos suas próprias pequenezas,
seus limites e ignorância. Ou vemos poderosos em geral, de todos os Poderes,
para os quais somos apenas peões do jogo de um xadrez, e comidos sem dó antes
do xeque mate.
Vamos tentar manter a cabeça fora d`água. Força aí.
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MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação,
editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano - Bom para mulheres.
E para homens também, pela Editora Contexto. (Na Editora e na Amazon). Vive em
São Paulo. marligo@uol.com.br / marli@brickmann.com.br
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Com tantos sustos como os que todos estamos passando nesse fim de ano até o próprio Espírito de Natal, creio, chamou as renas pelo aplicativo e está
Cérebro. Duvidando até da sombra.
Em quem acreditar, sem duvidar? De um lado, estamos como ilhas cercadas de golpes por todos os lados. De outro, aí já bem esquisito, os cabeças-dura
Não chama a polícia. Ela pode apavorar, te matar, te ferir. Não sei se é um surto, se são ordens ou desordens, mas estes últimos dias fizeram lembra
Stress, o já aportuguesado estresse. Até a palavra parece um elástico que vai, estica e volta, uma agonia que, pelo que se vê, atinge meio mundo e n