Segunda-feira, 5 de janeiro de 2015 - 16h43
Por Marli Gonçalves
Todo ano - aprendi com um amigo empresário de grande sucesso - é importante você focar em uma palavra ou pensamento, talvez uma frase que você mesmo crie, uma coisa sua. Escrever e deixar sempre à mão para não esquecer, para ela entrar bem no cérebro, naquele local onde dizem que se fabricam as realidades desde que bem pensadas ou desejadas. Uma só. Palavra ou frase, uma ordem, que passa a ser ordem superior e o legal é que esse ser superior é você mesmo. Não é lista de desejos, rol de promessas, não sei se estou sendo clara. É como se fossemos um produto e ela, palavra ou frase, o nosso slogan, a nossa atribuição, tipo batata frita daquela marca "É impossível comer um só". Fique bem longe das pieguices como esse que agora inventaram para o Brasil neste segundo mandato porque mais uma vez é muito ruim, tanto como o do país rico é país sem pobreza, sem miséria, coisa parecida. Acabou um mandato e vimos que não somos um país rico. Mesmo.
Agora é Brasil, Pátria educadora. Oi? Esse povo anda bebendo o quê? Tem coisa mais boba, nacionalista? Coisa mais distante do salto real que precisamos mesmo dar à Educação do país? Educação vista no sentido amplo, que não é só escola. É Futuro. Aliás, continuo achando mais verdadeiro aquele que a gente sempre fala, extraoficialmente, entre nós: Brasil, o País do Futuro. Que nunca chega.
A minha proposta não é igual a uma meta, foco, meta com foco, palavras que propugnam tantos administradores que até me arrepiam porque gostariam de formar exércitos de pessoas iguais e sem expor emoções nas companhias.
É uma coisa mais particular. Engraçado é que, embora eu faça isso já há alguns anos, não há jeito maneira de lembrar das anteriores. Ainda não achei qual será a deste ano, mas a de 2014, por exemplo, posso contar, foi "Não desista" . Imprimi em fonte grande. Fiz coloridos e efeitos especiais para que sambasse aos meus olhos todo dia e botei na tela do computador, aliás, em todas as telas com descanso para que ficasse passando na minha frente de vez em quando, como letreiro. Parece que deu certo, porque não desisti, e olha que não foi fácil, acreditem. Talvez até mantenha essa também como palavra de ordem vitalícia. Talvez troque por não esmoreça. Pensei também em paciência. Pode ser que escolha Viver um dia depois do outro, sem aflição. Concorrem ainda Avante, sem medo, Poupe suas forças, ou simplesmente Apareça.
Demorará ainda alguns dias até - pelo menos eu que estou sempre em dúvidas sobre isto ou aquilo - decidir de vez. Primeiro hei de sentir a "pegada" do ano. Ver qual a inspiração, o que dará sobrevivência e prazer; ser jornalista, descobrir coisas, desvendar e aparar injustiças, localizar os raros que têm reputação a zelar e que a consideram importante, público alvo do nosso trabalho de comunicação empresarial.
Às vezes penso que poderia até escrever um bom livro desses de autoajuda, onde relataria tudo que aprendi e observei nesses anos todos de vida, ouvindo e tentando, no mínimo, ser solidária. Tomo na cabeça. Me desiludo e decepciono, mas penso que um dia, quem sabe, será diferente - serei compreendida em toda a minha essência, bagunçada, mas verdadeira. Odeio, abomino, simplesmente detesto ver pessoas de que eu gosto com algum perrengue. É até meio infantil esse meu comportamento, tenho consciência, fazer o quê? Sou assim.
Sempre a hora que lembro o quanto eu gostaria de ter poderes, ser fada (ou bruxa) para evocar ajuda e solução. Mas isso não tenho nem para mim.
Abracadabra!
São Paulo, engata a primeira, 2015
Marli Gonçalves é jornalista - Tem uma boa, que pode usar e só fará bem: "Você é uma pessoa amada" . Em algum canto desse mundo haverá alguém que concorde. Tomara, né?
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