Quarta-feira, 9 de janeiro de 2008 - 09h09
Agência Amazônia mostra as riquezas do Guaporé e a ameaça à floresta na fronteira Brasil-Bolívia. Canoeiros e exímios nadadores (FOTO) assim são os filhos e netos de seringueiros amazônicos.
Agência Amazônia
Montezuma cruz
RESERVA EXTRATIVISTA RIO PRETO, RO — O céu brilha forte ao entardecer na Serra dos Pacaas-novos. O verde e o azul são impressionantes na Amazônia Ocidental. As águas do rio estão subindo. O rio comanda a vida, lembra o escritor acreano Leandro Tocantins. Nesta época do ano, os rios são as principais estradas para os seringueiros e ribeirinhos desta parte da Amazônia Ocidental, fronteiriça à Bolívia.
Crianças completam a quarta série e não têm mais escola. O menino Fabrício, dois anos, foi picado por insetos, sofreu uma inflamação e as feridas estão bem visíveis. Algumas casas têm antena parabólica. Os computadores fornecidos pelo Ministério da Educação ainda não chegaram. Passaram perto e já prestam serviços às reservas indígenas do Acre.
Visitamos a Reserva Extrativista do Rio Preto (Resex) para uma série de matérias que a Agência Amazônia está apurando na fronteira brasileira com a Bolívia, em Guajará-Mirim, a 364 quilômetros da capital, Porto Velho. Guajará é um dos maiores municípios do País e está na lista dos que mais conservam o ecossistema. A série é produzida pelos editores Ana Maria Mejia e Montezuma Cruz. Eles estão na região desde o início de janeiro.
O Natal foi lindo também na floresta, contam os seringueiros e castanheiros. Três netos de Napoleão comemoraram aniversário no dia 25. Dos deles, os gêmeos Hatirson e Helton, 9 anos, sorriem. Gostam do lugar. O período natalino também foi de muito de reflexão. A menos de 50 quilômetros da Resex, o verde está ameaçado pela ganância desenfreada do homem: as castanheiras vêm sendo derrubadas impiedosamente no município de Nova Mamoré.
Do comércio bilateral com a Bolívia à polícia, há notícias boas e ruins. A região é exuberante, mas está carente de médicos, anestesistas, professores, policiais e até padres. Contaremos tudo isso a partir da primeira semana de fevereiro. Com muitas fotos do cotidiano de uma das mais bonitas regiões da Amazônia.
Geografia da região
▪ O Vale do Guaporé é a zona de transição entre o Pantanal Mato-Grossense e a Amazônia.
▪ O rio Guaporé nasce no Mato Grosso e estende-se por 1.224 quilômetros até desaguar no Rio Mamoré, no Sudoeste de Rondônia.
▪ O Mamoré vem da Bolívia e mantém esse nome até encontrar o rio Beni, vindo do Altiplano Boliviano, para formar o rio Madeira.
▪ Desde Vila Bela da Santíssima Trindade, em Mato Grosso (região aurífera nos tempos de colônia) até Guajará-Mirim, o Guaporé e o Mamoré formam uma hidrovia com 1.400 quilômetros de extensão.
Fonte:Montezuma Cruz - Agênciaamazônia (contato@agenciamazonia.com.br)
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