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Gente de Opinião

Orlando Cavalcante Pereira da Silva Junior

ENEM


 
Mais uma vez o governo Federal faz meleca quando da aplicação do famigerado Exame Nacional do Ensino Médio.

No ano de 2009 foi o sigilo do exame que foi para o espaço.

Em 2010, estamos vendo um perfeito “samba do crioulo doido” no tocante as perguntas e as respostas.

Já não bastava a bagunça do horário de Brasília, com o fuso horário de Rondônia e a porcaria do horário de verão, que dá uma diferença de duas horas em relação ao Planalto Central.

Questões sem revisão – o que, diga-se de passagem – é básico para qualquer prova, quer seja de concurso público, quer seja de uma simples avaliação.

O escritor Laurentino Gomes, autor dos livros “1808” e “1822”, criticou a falta de uma revisão mais rigorosa, pois um trecho do livro do autor foi citado com erros de informação na prova de ciências humanas, aplicada no sábado, dia 6 de novembro.

A questão cita a data de 1810 como o ano da abertura dos portos no Brasil. Segundo Gomes, o ano correto é 1808.

Quase mataram o escritor do coração, pois até mesmo ele ficou em dúvida se o erro tinha partido de seu livro.

Está na hora de alguém levar a sério um pouco a educação no Brasil.

Seria melhor dar autonomia para as Universidades Federais ou Estaduais para criarem seus próprios mecanismos para ingresso de acadêmicos.

Está na hora de incluir gente com competência para atuar na educação brasileira e não apenas apadrinhados ou políticos que não conseguiram nas urnas uma vaga no legislativo.

Seria justo e honesto chamar pessoas com conhecimento a determinado assunto para elaboração das provas do ENEM.

Poderia até mesmo deixar estrelismos a parte, e convocar pessoas competentes para assessorar e não ficar melindrado o “dotô” que está no cargo por ter que pedir ajuda a alguém com mais conhecimento.

É brincadeira fazer tanta gente passar boa parte do seu tempo estudando para obter uma nota e poder entrar em uma faculdade e depois por simples estrelismos que leva a falta de competência, a pessoa ter seu tempo perdido, jogado fora e muitas vezes, o pouco do dinheiro que tinha e conheço pessoas que abriram mão de atividades remuneradas para dedicarem-se ao estudo e também, parcos tostões que foram gastos na inscrição, transporte e alimentação para poder fazer a bendita prova.

Agora, acredito que é pedir muito de quem tem pouco a dar em relação a Educação no Brasil.

 

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Fonte: Orlando Júnior  / Auditor Fiscal, Escritor e Professor Universitário  -  orlandopsjunior@hotmail.com  -  Gentedeopinião  / AMAZÔNIAS  /  RondôniaINCA   /   OpiniaoTV  Energia & Meio Ambiente   
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