Sexta-feira, 26 de julho de 2013 - 00h01
Tenho mania de voltar meus pensamentos ao passado para relembrar boas e épocas de minha vida.
Lembrei-me de quando ia ao estádio Aluízio Ferreira nos tempo em que o futebol de Rondônia era de primeira qualidade.
Quando ia jogar Ypiranga do “seu” Abiguar de Miranda, do “grande” Sebastião Lapa; O Ferroviário da dona Geralda Ibiapina, o Flamengo do Carlos Alberto, O Cruzeiro do Loló o Moto da Nininha.
Lembro que não tinha dinheiro para o ingresso e o “porteiro da alegria”, o Severino, não deixava ninguém entrar sem pagar – era função dele, claro e tínhamos, eu e minha trupe, Aurélio, Álvaro, Adão, Bosco, Helder, Tonho, Nem, Tano, Léo Santana e mais alguns moleques do Caiari, de pular o muro, com uma ajudinha do, até então, fininho pé de castanha, que hoje é um frondoso e magnífico monumento ao lado do muro do nosso “aluizão”.
Hoje nosso estádio é uma figura patética, sem expressão, comportando apenas setecentas pessoas – assim dizem os mais entendidos em exportes – e nossa turminha ia pra lá, encostava as costas no muro, os pés no pé de castanha e parecendo uma lagarta, escalávamos o muro e de forma trigueira, pulávamos para dentro.
Algumas vezes a empreitada dava certo, quando corríamos para o meio da multidão, pois naquela época, tinha multidão no velho estádio. Outras vezes éramos surpreendidos por algum guarda territorial que estava dando segurança ao local e com um puxão de orelhas, na ponta dos pés, éramos “convidados” a abandonar o local.
Era uma época muito boa, o futebol era das multidões, com clássicos especiais, como o “clássico vovô” – jogo entre Ferroviário e Ypiranga, com o moleque travesso – que era o Cruzeiro, com o “rolo compressor” – no caso o Flamengo.
Víamos grandes bandeiras, charangas, papel picado e até mesmo um ótimo futebol.
Dá saudade relembrar do Walter Santos, do Ermógenes, do Faz-tudo, do Tatá, do Eliézer, do saudoso Gainete, Dudu, Cartucho, do Edson goleiro e vários que no momento esqueci o nome.
Dá saudade até do futebol do Rigobero, ou Rico para muitos e “bebim” para o sacana do Zequinha.
Lembro-me do Abemor esticando fio desde a Rádio Caiari, que funcionava por trás da Catedral do Sagrado Coração de Jesus até o Aluizão, de poste em poste, com uma escada nos ombros para ter a transmissão ao vivo, pelo rádio.
Caras como João Dalmo, Ribamar Araújo, Agdo Melo e outros tinham o prazer de fazer chegar aos nossos ouvidos o bom futebol que era praticado em nossa terrinha.
Lembro quando surgiu a televisão em Porto Velho e para assistir algum jogo, a turma que “fazia rádio” – para o Paulo “radia” – saia procurando patrocinador para podermos ver o jogo na TV.
Hoje dá pena passar pelo velho estádio de futebol e dá mais pena ainda ver o fraquíssimo futebol por lá praticado.
Dá pena também ver que não é somente aqui que o futebol definhou e sua essência, deixando de ser o esporte das multidões para ser esporte de elite.
É triste ver que um ingresso para assistir futebol nos novos estádios pelo Brasil afora, hoje chamados de arenas, estão mais caros e que a multidão, se for comprar, terá que deixar de comer.
Não se pode entrar com uma garrafa de água, refrigerante, uma pipoca, um “sanduba” – tudo tem que ser comprado dentro da arena.
O mais absurdo é ouvir que o ingresso não está caro – é o povo que está ganhando pouco.
É absurdo ouvir que, na copa do mundo, teremos ingressos que irão beirar dois mil reais.
Mais caro do que um ingresso adquirido é vermos uma poltrona ou um espaço vazio nos estádios.
Futebol: esporte da elite.
Disponível em http://orlandojuniorpv.blogspot.com.br/
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