Quinta-feira, 30 de dezembro de 2010 - 09h35
Meu velho.
Um homem que mesmo sem ter o apoio materno, pois o perdeu no sétimo dia de vida soube seguir em frente, com a cabeça erguida, rumo a gloria do saber.
E mesmo a erosão da mediocridade, do vandalismo e da desordem não o gastou. Continuou a subir a escada da vida em direção aos píncaros do bem viver.
Um homem que soube curvar-se diante de um ser mais forte: a vida.
Honesto com os outros e consigo mesmo.
Vivido.
Sofrido.
Amado.
Soube conduzir sua família, não por caminhos fáceis, cômodos e perigosos, e sim por difíceis, porém seguros. Sempre dando apoio, carinho, afeto e dedicação a todos nós.
Teve um único ideal na vida: criar seus filhos.
Para ele não havia dia chuvoso, ensolarado, bom ou ruim, contando que nós, seus filhos, tivessem orgulho dele.
Porém, com todas as adversidades da vida, não lembro a vez que faltou o mais sagrado em casa: o alimento.
Corajoso.
Amado.
Respeitado por todos.
Por mais um dia que passo sem meu pai, mesmo assim agradeço seus feitos.
Peço a Deus que o tenha em mais alto grau.
Espero estar prestando uma homenagem ao meu velho.
Por tudo, obrigado meu pai.
Eu gostaria de expressar com palavras o que sinto no momento – um misto de tristeza e saudade – tristeza por não tê-lo mais por perto e saudade pelas suas brincadeiras em casa, com todos ao redor do velho rádio, ouvindo a “Caiari” com seus conselhos e piadas.
Tenho a absoluta certeza, que na mente de seus filhos, paira a vontade de gritar bem alto: OBRIGADO MEU PAI, POR TUDO O QUE FEZ POR NÓS.
A Deus apenas pede:
Cuida do meu velho.
Meu querido velho.
(Trecho de uma poesia publicada no dia dos pais no Jornal “O Guaporé” na década de 80. É apenas saudade, muita saudade do Velho Orlando Pereira da Silva)
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