Segunda-feira, 2 de agosto de 2010 - 11h48
Com a proximidade do dia dos pais e em razão de ter escrito outro dia sobre a Lei da Palmada, resolvi escrever sobre o velho Orlando.
Em reportagem de emissora de televisão, vi alguns comentários de famosos sobre a famigerada lei que o governo central está tentando emplacar.
Vi comentário de Marilia Gabriela sobre as surras que havia levado de sua mãe e da saudade que sente hoje da falta que sua genitora faz.
O mais interessante foi ver o “durão” Luiz Felipe Escolari, mais conhecido como Felipão – sujeito implacável com seus comandados e adversários, encher os olhos de lágrimas quando lembrou de duas ou três surras que havia recebido de seu pai.
Interessante é que nem Marilia Gabriela nem Felipão criticaram as surras que levaram. Eu disse surras e não palmadas.
Pois é, ambos só falaram da saudade que sentem de seus pais. As surra, quando das entrevistas, ficaram em segundo plano.
Voltando ao seu Orlando, meu pai, velho Orlando.
Pense num filho de português sério quando era para ser sério e moleque quando estava junto dos “batutinhas”.
Grande contador de piadas, amigão dos bons e namorador inveterado. Não podia ver um rabo de saia que ficava todo sasariqueiro.
Uma vez ele foi pescar com meu irmão Sérgio na Cachoeira de Teotônio e viu algumas senhoras tomando banho. De imediato resolveu não mais pescar, mandando só o Sergio ir para as pedras jogar o anzol.
Ao voltar, mais tarde, Sérgio vê que papai estava todo “entrevado” e ao perguntar o motivo, nosso velho não soube responder, disse apenas que deu um jeito nas costas.
Até hoje, Sérgio tem certeza e afirma que seu Orlando, para aparecer, estava dando cangapé.
Voltando ao que interessa, ou seja, as palmadas.
Lembro de ter apanhado um pouco de Dona Maturina, pois ela não alisava filho. E tenho muita saudade dela, se bem que eu não era boa bisca mesmo.
Agora, do velho Orlando, só apanhei uma vez.
Em uma de minhas inúmeras traquinagens foi pego, de surpresa pelo velho que me pegou pelo braço e disse que ia me bater até eu “mijar nas calças”.
Na primeira lambada de cipó titica que ele me deu, eu fiz um esforço muito grande e molhei as calças.
Quando ele foi me dar a segunda eu me afastei e retruquei:
Opa!
“Pere” lá!
Nosso acordo foi até eu me “mijar”.
E eu já cumpri minha parte.
Só restou ao grande velho Orlando, sorrir e me abraçar.
Depois fomos nós dois ao Aluizão, assistir a um dos grandes clássicos que nosso futebol propiciava.
Em tempo: No momento que estou escrevendo a matéria, ao mesmo tempo estou com os olhos marejados, lembrando com saudades de Dona Maturina e de Seu Orlando. Que Deus os tenha em boa guarda.
Fonte: Orlando Júnior - orlandopsjunior@hotmail.com
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