Sexta-feira, 13 de maio de 2011 - 19h03
Já de muito tempo tenho contato com pessoas moradoras de sítios, ranchos e fazendas. Bato papo e não noto aquela fala de idiota que sempre é utilizada quando de propaganda para vacinar o rebanho ou quando é para vender produtos agrícolas.
Parece que quem mora fora do perímetro urbano é idiota.
Conheci um cidadão – O Almeida –, quando ai passar os finais de semana no sítio do “Seu” Pedro, onde hoje está instalado o Aeroporto Belmont, que, embora sendo roceiro, sua fala era bastante explicada e de forma eloquente, nos contava muitos causos.
O Almeida era daqueles caras que quando contava suas “estórias” as ilustrava com mungangos e trejeitos, típicos de pessoa oriunda da roça.
Agora, quando o cidadão vinha fazer compras na cidade, eu o via em um terno de linho que mais parecia o Valmar Meira. Era todo engomado, digno de um fazendeiro – que não o era.
Até hoje, vejo o Almeida como um elegante senhor, que na multidão, jamais parecerá com a figura ridícula que pessoas fazem juízo errado de quem mora no mato.
Vejo a elegância do sogro de meu amigo Zequinha. O presidente do Sindicato dos Aposentados de Rondônia, que foi candidato nas últimas eleições.
É de um porte e elegância impar e pelo que sei, o mesmo é situante, homem criado na roça e nada deixa a desejar em seus trajes, sempre trajando roupa que valoriza seu porte como um senhor de meia idade.
Embora seja da roça, não o vejo com roupas rasgadas, como querem passar quando das festas juninas.
Está chegando à época de São João. Vejo em algumas quadrilhas, e até mesmo em ambiente que jamais poderia esteriotipar o sitiante, como a escola, quando da dança de quadrilhas, remendar a criança, principalmente o menino, com pedaços de pano, travestindo-os assim como mendigos, ou seja, com a roupa toda remendada, para demonstrar a pessoa que veio da roça.
Está na hora de mudar o conceito que temos das pessoas que não são urbanas. Jamais poderemos vê-los como idiotas, com a fala arrasada, tropeçando nas letras e com roupas velhas.
O sitiante, o roceiro, o morador da zona rural, quando vem à cidade, procura sua melhor vestimenta para ir a bancos, órgãos públicos, hospital ou a outro lugar qualquer.
Assim como tem gente do campo, também tem gente que da cidade que fala errado, que fala arrastado ou até mesmo não entendível e mais, também vestem roupas rasgadas.
Gostei de ver o sogro do Zequinha, com seu visual legal na televisão quando das campanhas eleitorais que participou.
Até agora, me pergunto e tento descobrir, para poder usar em meu bigode – que por sinal, já foi apelidado de código de barras – em razão da mistura de preto e branco, a tinta que tão nobre cidadão usa, com bastante charme.
Fonte: Orlando Júnior / Auditor Fiscal, Escritor e Professor Universitário - orlandopsjunior@hotmail.com
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