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Gente de Opinião

Orlando Cavalcante Pereira da Silva Junior

Violência



Toda vez que no Brasil acontece uma tragédia como o caso na escola Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio, na última quinta-feira, todos os segmentos sociais se mobilizam para "tomar uma ATITUDE".

Nos casos de crianças arrastadas por veículos, jogadas ou massacradas pelos responsáveis, atingidas por bala perdida ou mortas por “engano”, sempre ocorre comoção nacional, todos propondo ações para reduzir a criminalidade, para aumentar a pena, para isso ou para aquilo.

Nos canais de televisão e nas rádios, vemos especialistas em segurança, psicólogos, sociólogos e outros "ólogos" respondendo a perguntas óbvias e tendo resposta para tudo.

Vi, com perplexidade, um repórter, tentando sugar das crianças assustadas respostas de todas as formas após o tiroteio em Realengo.

E aí?

Depois de alguns dias, tudo volta ao normal.

Ninguém mais vai falar da tragédia em Realengo, pois em alguns dias, outras mortes virão.

Seja pela mão de um fugitivo do sistema prisional que mata duas irmãs que lhe "caçoavam", como ocorreu em São Paulo.

Seja pela mão de um outro imbecil que de posse de armas que foram tiradas das mãos de pessoas sérias, através da lei do desarmamento.

Também aparecerá algum idiota que arrastará uma criança por sete quilômetros, ou uns filhinhos de papai que irão atear fogo em um índio que dorme em uma parada de ônibus.

De qualquer forma, aparecerá um ou uns degenerados para matar alguém.

Agora no Congresso Nacional, o Senador Sarney, que já andou armado e tem segurança particular e pública especial quer outro plebiscito para o desarmamento esquecendo que no anterior, no ano de 2005, foi uma vitória do não, acachapante de 64 % (sessenta e quatro por cento).

Será que algum bandido irá comprar arma em loja autorizada e depois irá buscar junto a Polícia Federal a legalização e seu porte de arma?

Se formos verificar, em muitos países ocorrem tragédias com o uso de arma branca, como por exemplo, o Japão.
Daqui a pouco vão querer também proibir o uso de facas, quando na verdade só desarmado o cidadão de bem, ou alguém acha que os bandidos vão entregar suas armas?

Cheguei a ouvir de amigos que se esse idiota que matou as crianças em Realengo quisesse fazer mesmo nome, poderia ter entrado em um presídio atirando, pois iria encontrar reação, ou então em um quartel, pois seria recebido a bala.

Tem um programa da Rede TV, em nível nacional, que toda tarde "degusta" alguma desgraça...

No dia que o mundo for pacificado – se é que um dia isso ocorrerá – a cidadã perderá seu programa, pois não terá uma desgraçazinha para a referida passar sua tarde bebendo sangue.

Proponho um trato:

Que tal os especialistas, psicólogos, sociólogos, e todos os outros que dão “pitacos” após o ocorrido, fossem congelados, por uns aninhos apenas.

Que tal Conselho Tutelar, Estatuto da Criança e do Adolescente, Apoio a Adolescente em Conflito com a Lei e outros que protegem apenas o "de menó" fossem repensados em suas totalidade.

Daí fosse devolvido aos pais, o poder de corrigir seus filhos sem medo de represálias por parte do poder público.

Que os professores pudessem educar as nossas crianças sem medo de demissão e surra, pois o que mais vemos hoje é aluno batendo ou matando professores e apenas recebendo apoio psicológico, quando muito.

Por fim, sendo um pouquinho radical.

Que tal voltar à época da palmatória?

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Fonte: Orlando Júnior / Auditor Fiscal, Escritor e Professor Universitário - orlandopsjunior@hotmail.com

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