Terça-feira, 24 de agosto de 2010 - 10h50
Na semana passada, quando estive em Guajará-Mirim para assistir o Duelo da Fronteira, como toda a turma que estava por lá, também fui dar uma passeada pelas bandas da Bolívia.
No sábado, depois de enfrentar uma fila quilométrica para comprar a passagem de Catraia* , para poder chegar do lado de lá, bati muita perna atrás de alguma coisa.
Interessante que vamos para a Bolívia e ficamos procurando alguma coisa para trazer, sem muitas vezes, saber o que realmente queremos, ou precisamos.
Já cansado de carregar as sacolas que “dona encrenca” cada vez mais enchia de bugigangas.
Parei no bar da praça para descansar os pés e não resistindo aos insistentes convites do Faz Tudo, Dona Irene, Rommel e Calça, tomei algumas Paseñas.
Ente uma e outra cerveja, fiquei assistindo um monte de brasileiros de lá pra cá, com grandes sacolas e comprando de tudo.
Me indaguei o motivo para aquele monte de gente não estar comprado do lado brasileiro.
Já tivemos nossa “Guyaaramerin”.
Rondônia, mais precisamente, em Guajará-Mirim, já foi agraciada com uma ZLC – Zona de Livre Comercio que poderia vender todas as quinquilharias que encontramos do lado boliviano.
Fiquei imaginando aquela nuvem de gente comprado do lado de cá.
Era gente pra dar de pau.
Então o que faltou ou sobrou para que a nossa Zona Franca não estivesse mais funcionando?
Digo-lhes:
Sobrou arrogância dos políticos do Amazonas, em defender a Zona Franca de Manaus em detrimento as outras pequenas zonas – no bom sentido, claro.
Sobrou ganância de um pequeno grupo de comerciantes de Guajará-Mirim em querer todas as quotas de importação apenas pra si.
Faltou competência dos políticos de Rondônia em lutar para que nossa ZLC fosse mantida.
Faltou visão de futuro dos administradores da Pérola do Mamoré em estruturar a cidade para receber os futuros compradores.
Imaginemos como seria o impulso econômico de Guajará Mirim tendo toda essa turma comprado nas lojas brasileiras.
Como fomos incompetentes para mantermos nossa Zona de Livre comercio só nos resta aguentar nossos hermanos, atendendo de qualquer jeito, de cara feia, dizendo que o preço será de 2 x 1 e saboreando uma paceña, que ninguém é de ferro.
* Embarcação de pouco calado, do tipo canoa motorizada, que se emprega no transporte de passageiros, e que é geralmente manobrada por uma só pessoa, utilizada para efetuar o translado das pessoas que querem cruzar a fronteira Brasil para a Bolívia e vice-versa.
Fonte: Orlando Júnior - orlandopsjunior@hotmail.com
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