Sábado, 12 de outubro de 2019 - 08h37
Quando entrei no salão do segundo piso do Banco do Brasil
na tarde de quinta-feira do dia 3 de outubro deste ano de 2019, foi como entrar
na cápsula do tempo e retornar ao passado. Lá reencontrei personagens
encravadas na história contemporânea de Ariquemes e de Rondônia. Meus velhos
companheiros do tempo em que todos éramos iguais nos sonhos, na luta e a
política ainda não havia nos contaminado nem nos divididos.
Lembrei que no dia 11, desse mês de outubro, quando
Ariquemes completa 42 anos de emancipação. Um ato ocorrido em 1977.
Enquanto as pessoas destacadas para falar no 40º
aniversário de inauguração da agência do Banco do Brasil em Ariquemes em 1979,
eu lembrava do bando de macacos que corriam na floresta naquele local, antes do
banco se instalar em terreno numa larga faixa de terra entre duas avenidas recém-abertas:
a Tancredo Neves e a JK que dividiam a cidade entre o Setor 1 e 3 de um lado e
2 e 4 do outro. Todos vivendo o processo de ocupação e construção.
Os discursos prosseguiam em comemoração, também, do Encontro
Nacional dos Ex-funcionários do Banco do Brasil que, nesse ano, decidiram
realiza-lo em Ariquemes para festejar junto com o aniversário da agência. E
enquanto os olhos e ouvidos físicos testemunhavam a factualidade, os órgãos da
memória viam e ouviam outros cenários e outros sons de outros tempos.
Tempos em que a melodia do som da moto-serras e dos
martelos, nos animava e alegrava. Tempos em que vi o hoje empresário
imobiliário Lérson Sápiras e dona Magda, se revezando no caixa do Mercado
Corbélia, coadjuvados pelo casal de filhos, ainda crianças. Ele, mais que ela,
comprando mercadorias e produtos daqui e de lá do Sul, talvez da cidade de
Corbélia, no Paraná, de onde vieram para atender a avidez de migrantes, como
eles, que chegavam às dezenas, todos
os dias.
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