Quarta-feira, 8 de junho de 2016 - 22h03
A regra capitalista do primeiro junte o dinheiro que o resto se resolve, está começando a mudar entre nós. Até porque a conduta estimulada não distingue a origem lícita da ilícita. E não o faz a porque nunca, em tempo algum, trouxe qualquer transtorno a quem o juntou. O malefício é só de quem o perde. Ou não o juntou. Ou ainda, de quem deixou pista ou prova da ilicitude. Fora daí, todo vale.
O importante é ficar rico. Não importa os meios. Com dinheiro no bolso, tudo se resolve e os fins justificam os meios. Ah! Mas se for pego com a boca na botija? Contrata o melhor advogado. O dinheiro compra tudo. E enquanto o doutor resolve, que tal uma férias em Bora Bora?.
Com dinheiro no bolso não importando de onde venha, qualquer ogro fica bonito, pele bonita, cor bonita, dentes de neve, sorriso encantador. Com a bufunfa na mão, não existe mulher feia, de canela seca, bunda murcha, peito caído. Nada disso. Uns dias fora do Facebook e ela ressurge como uma borboleta saindo do casulo, com traseiro deslumbrante, panturrilhas dos sonhos, comissão de frente com bicos apontando pra lua, estonteante!
É o poder do dinheiro. Quem não o quer?
Mas as coisas estão mudando neste país tropical. E começamos a ver que não basta mais somente ter o dinheiro. É preciso saber de onde ele vem. É aí que o bicho tá pegando.
Há sinais de que não basta ser ou ter sido vereador, prefeito, deputado, governador, secretário ou ministro ou presidente da República, para ficar rico, como tem sido até aqui, a regra. Não basta ser presidente de sindicato, federação ou organização de classe, para fazer fortuna. Não basta abrir uma empresa e ser empresário ou empreendedor, para justificar o luxo.
O mundo por aqui está começando a mudar. As coisas têm que ter, no mínimo, origem lícita, compatibilidade com o labor e coerência.
Como pode, por exemplo, um modesto servidor público, desfilar de Hilux se não acertou na loteria nem herdou fortuna de ninguém? Como se justifica a fortuna do político quer era pobre e ficou podre de rico sem nunca ter tido sequer uma banca na feira? E você, conhece político pobre? Ah! Claro, tem as exceções. Ufa! Graças a Deus.
Estamos vendo sinais de ressurreição de valores que nossos pais nos ensinaram e que a natureza selvagem do capitalismo enterrou.
No Brasil, a sociedade como um todo, está vivemos a dura e traumática experiência do renascimento a partir do caos, onde os justos pagam pelos pecadores.
Com os expoentes dos poderes da República e do poder econômico da nação na cadeia ou a caminho, entramos na era da descoberta de que o dinheiro não compra tudo. É que nem sabão. Não lava tudo. Nem lava-a-jato a nossa vergonha.
Não compra a honestidade, o caráter integro, nem a honra. Decididamente, a cadeia não é mais só para ladrões de galinhas. Já conta com moradores do andar superior da hierarquia social. Não é um bom sinal de mudança?
A nova regra está no canto atualíssimo de Jorge Ben Jor: “ malandro que é malandro anda direito só de malandragem, ai ai caramba! “
Osmar Silva – jornalista –sr.osmarsilva@gmail.com
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