Sexta-feira, 8 de junho de 2012 - 09h19
Outro dia ouvir o seguinte diálogo entre dois meninos de uns dez anos. :
- Caraca, Fonsim, quase apanhei hoje!
- Por quê?
- Porque chutei a bola e ela bateu no vaso de planta da varanda.
- E aí! tua mãe te bateu?
- Não! Quando ela veio eu falei que podia bater em criança. E que eu não quero ver ela presa.
- Égua, Felipe onde tu inventou isso?
- Inventei não Fonsim. Vi na televisão. Aí na hora eu lembrei e falei.
- Que aconteceu?
- Ela não me bateu. Brigou comigo e me proibiu de brincar com videogame. Tô de castigo.
Aí me lembrei de uma conversa com uma colega me contando de uma amiga sua que, de hora pra outra, resolveu vender a casa. Queria saber se eu não conhecia alguém pra investir no imóvel. Perguntei a razão da mulher vender a casa.
- Por causa de um barraco com uma vizinha.
- Ciúme do marido?
- Não, nada disso, eles vivem muito bem. Por causa do Dinho, o filho mais velho, de doze anos, muito mimado pelo pai e que está ficando impossível.
- Mas o que tem a ver o menino com a venda da casa?
- o menino aprontou. Ela se irritou e deu um puxão de orelha no moleque.
Ele fez o maior escândalo, berrou como se estivesse morrendo de apanhar. Uma vizinha ouviu e chamou o Conselho Tutelar. Eles apareceram com polícia e tudo na porta da mulher. A maior confusão. O marido chegou na hora, viu aquele rolo, discutiu com o policial, e foi preso por desacato. Foi todo mundo pra delegacia. Estão odiando a vizinha. Resolveram sair evitar o pior.
Estas histórias, reais, já são resultados da Lei da Palmada que tramita no Congresso Nacional com o apanágio de vir a ser a grande solução para os conflitos de pais e filhos na educação familiar. Desde tempos imemoriais, só para lembrar, os pais cuidam dos seus filhos, antes mesmo das regras e leis, e da tutela do estado. Todas as espécies cuidam e ensinam suas crias para enfrentar o maior desafio da vida: viver. Acho que reunimos experiência suficiente para saber o que fazer, quando e como fazer para que as nossas crias possam viver plenamente. Penso que se o estado fizer a sua parte e garantir os direitos dos seus patriotas, pode deixar o resto com as famílias. Elas saberão cuidar dos seus filhos.
Mas enquanto o estado não conseguir garantir a segurança, a saúde e a educação para todos os seus filhos, que moral tem para nos dizer como criá-los? Ainda temos estados como o Maranhão com 34% das crianças de 8 anos analfabetas. Em Rondônia, são 17 % fora da escola e outros 65% abandonam o ensino médio por incapacidade de concluí-lo, na maioria dos casos. São frutos da má qualidade do ensino fundamental que o estado oferece.
Mas vão me perguntar: e o que fazer seu Osmar Silva, com os que batem os filhos até sangrar? E os que humilham, abandonam, algemam, exploram, acorrentam, estupram, torturam e matam? Lhes direi: denuncie. Mesmo que seja o irmão, o vizinho, o amigo. Leis para punir estes crimes já existem. É só aplicá-las. Estão lá no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Nesta, até raspar a cabeça de uma criança para castigá-la, é crime com direito a punição e tudo. Para que então mais uma invadindo os lares e o direito dos pais educarem seus filhos conforme as regras de cada família? Por que transformar os vizinho em espiões inimigos e desagregar a comunidade social? Hein!!!
Osmar Silva
sr.osmarsilva@gmail.com
Língua de Fogo – STF: origem das piores notícias que atormentam o país
Eu lutei contra a Ditadura Militar de 1964. Quando fecharam o Calabouço, no Rio de Janeiro, um restaurante/escola, em frente ao Aeroporto Santos Dum
Dominação - Escravização pela pobreza e ignorância
Sabe porque o Dino desprezava seus pares no Senado e humilhava os congressistas da Câmara? Porque Alexandre de Moraes e seus pares, dão as costas pa
O Brasil e o Estado de Rondônia que vejo é bastante diferente do que muitos vêm. Torço e peço a Deus para que eu esteja errado. Talvez não tenha con
O golpe, a traição do Lula e o contragolpe
O Brasil todo acompanha, pelos noticiários dos veículos de comunicação e redes sociais, o tenso clima político e institucional em que o país mergulh