Terça-feira, 2 de agosto de 2016 - 12h41
Água! Água! Água! É o grito desesperado da maioria do povo da Capital e de tantas outras cidades de Rondônia. Mas quem nos socorrerá nesta longa estiagem de quase três meses? Quem porá o líquido da vida em nossas torneiras, chuveiros e panelas?
Olho o horizonte e não vejo quem nem quando. A esperança fica por conta do formidável milagre da natureza: o inverno. Ele encherá nossos contaminados poços amazônicos e nos salvará.
Cóf! Cóf! Cóf! É o grito das crianças e dos idosos com os pulmões e gargantas sufocadas pela poeira e pela fumaça que cobre a cidade. Não tem posto de saúde ou policlínica pública que dê conta de atender tanta gente buscando uma simples nebulização para, pelo menos, melhorar a respiração e reduzir o sofrimento de filhos e mães aflitos.
Esse quadro é uma excepcionalidade deste verão? Não! De forma alguma. É um cenário recorrente dos verões. Portanto, previsível e planejável.
Quem tem dinheiro fura poços artesianos e vai buscar água boa no fundo da terra. Os mais ou menos compram água das empresas de carros pipa. E a maioria do povo, junta moedas para comprar, ao menos, um garrafão d’água para beber. O restante se socorre na água lamacenta e cheia de merda do fundo dos poços e das cacimbas amazônicas.
A construção das usinas de Santo Antônio e Jirau terminaram e as estações de tratamento d’água com as suas redes de distribuição, não saíram do papel. Era uma compensação pelos impactos das hidrelétricas. Virou uma miragem.
As obras se arrastam ao longo de penosos anos. Em todos os verões se promete que no próximo haverá água farta e boa. E a cada nova estação o que se ver é o sofrimento pela falta d’água.
E para fechar com chave de ouro o ciclo de tormento coletivo, o verão traz a poeira e a fumaça. Estes dois agentes encaminham legiões de pessoas abatidas pelas doenças respiratórias, para as despreparadas e insuficientes redes básicas de saúde. Alí, crianças e idosos, alérgicos e asmáticos, sofrem a humilhação de não encontrar sequer, um nebulizador livre ou com oxigênio.
E para agravar, obras de asfaltamento que buscam libertar as pessoas do pó e da lama, são bruscamente interrompidas deixando as pessoas e suas casas cobertas pela poeira multiplicada das ruas escavacadas e reviradas no preparo para o asfaltamento. Sem nenhuma explicação ou consideração. E ainda querem o nosso voto.
OsmarSilva – jornalista – Presidente da Associação da Imprensa de Rondônia-AIRON – sr.osmarsilva@gmail.com
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