Sexta-feira, 26 de agosto de 2016 - 20h01
Passados os efeitos anestésicos das Olimpíadas Rio16, voltamos ao Brasil real com suas doideiras em todos os quadrantes. Atos e fatos não nos faltam. Em todos os níveis, de todos os poderes, desta vilipendiada República Brasileira.
O Governo Temer oscila entre o Brasil que quer sair buraco e as forças políticas que se locupletam com a crise. Bambeia entre cortes de gastos que gerem segurança e credibilidade e concessões de aumentos salariais defendidos por parte do Congresso e do próprio governo. Tudo em função do impeachment da Dilma. Nada é republicano.
O Chanceler do Brasil, José Serra, ainda apela: o nosso é só um tiquim. E os ministros do STF acham que trabalham muito e ganham pouco: só R$ 33 mil por mês. Um salário e meio por dia. Muito mais que o salário de um trabalhador por mês. Por isso querem 39 mil por mês. Sem falar que eles não pagam casa, comida, transporte, motorista e nem a toga e o paletó. E, mesmo assim, não falta quem lhes defenda.
Olha o senador Raupp, político sempre cauteloso, fazendo esse papel e contrariando os interesses proclamados pelo governo do seu próprio partido! Ou ele está a serviço do próprio governo? Será que um é a outra face do outro?
Se aumentar o salário dessa gente agora, o Brasil afunda de vez. O salário dos ministros do STF é base para reajuste de salário inclusive do delegado de polícia. Ou seja, até o governo de Rondônia terá impacto negativo em suas contas. E talvez, aí sim, Confúcio deixe de pagar os salários em dia. Como ocorreu com Jerônimo e com o próprio Raupp. Me reuso acreditar que esse seja o objetivo. Mas é ou não é fim da picada?
Mas quem disse que só o executivo é dúbio? Vejam a merda que falou o ministro Gilmar Mendes, do STF, desqualificando a Lei da Ficha Limpa: parece que foi feita por bêbados. Pôs em dúvidas a eficácia da norma e ainda atacou o Poder Legislativo chamando seus membros de bêbados.
Além de ampliar as esperanças de impunidade dos meliantes do Brasil, o iminente ministro ainda balançou a harmonia entre os poderes. Deu um sacolejo na própria Constituição que tem por função básica defender.
Mas não é só isso. A Revista Veja da semana escancara um pouco das sombras que vão além das gerada pelas capas dos ministros, demonstrando que a corrupção não tem fronteiras. Onde estiver o homem, lá estará a semente do mal para germinar ou não. Só a fundada suspeição de benesses de empreiteira envolvida na Lava a Jato em favor do Ministro Dias Toffoli, também o STF, num país sério, seria suficiente para afastá-lo do cargo até o esclarecimento dos fatos.
Ontem à tarde, durante sessão de julgamento da presidente Dilma, a senadora Gleisi Hoffmann afirmava, aos gritos, que os senadores “não têm moral para julgar a presidente”. A continuar assim, antes do final o julgamento ela gritará que também os ministros do STF “não terão moral para julgar a presidente”.
Essas são somente algumas das doideiras desse nosso Brasil. Mas tem mais, muito mais.
OsmarSilva – Jornalista – Presidente da Associação da Imprensa de Rondonia-Airon – sr.osmarsilva@gmail.com
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