Quarta-feira, 1 de maio de 2013 - 22h08
Tem coisas que me chamam a atenção e me intrigam. Como as festas de Porto Velho. Adoro festas. Carnaval, Flor do Maracujá, feiras agropecuárias com seus rodeios e mesas da amargura, reveilon e 7 de setembro. Todas, de grande apelo cultural, inseridas no calendário turístico de Porto Velho, que, ultimamente, não vêm sendo respeitado. Por isso mesmo provoca frustração e uma enxurrada de reclamações da sociedade.
Até porque Porto Velho é uma cidade com poucas e mal cuidadas áreas de lazer. Apesar de um belíssimo beira-rio. O governo estadual é quem está minimizando essa deficiência.
A Flor do Maracujá, propagandeada como a maior festa junina do Norte(para quem não conhece a de Boa Vista, no agradável Parque Anauá, encravado no coração da capital do povo Macuxi), vem se apresentando aos trancos e barrancos, um ano aqui outro ali. E este ano, onde será o acolá? Além de faltar espaço próprio, falta verba(pública) cronicamente.
Na mesma situação está o Carnaval e a Expovel. Esta, vivendo momentos de indefinição. Não tem mais lugar e, parece, nem diretoria. E se tem, está amorfa. Falta garra para arregimentar, liderar, acontecer. E por que esse quadro desanimador?
Simples: todos dependem do bolso dos governos estadual e municipal. Do espaço ao adereço. Tudo historicamente pendurado nas verbas públicas. Se não houver dim-dim da burra, não tem fantasia para as escolas de samba, nem para as quadrilhas e nem para o boi bumbá. Sem verba, não tem festa. E os culpados são os dirigentes públicos insensíveis com a cultura e as tradições.
Então lembro a Festa do Peão de Ariquemes, esta sim, uma das mais importantes do Norte e reconhecida nacionalmente. Ela, como tantas outras do interior de Rondônia, não depende de dinheiro público. Nunca dependeu. Nelas, o poder público é somente um parceiro como qualquer empresa patrocinadora. E quase sempre, participa somente com prestação serviços. Apesar de ser parte interessada, pois lucra, e muito, com a festa.
Até o terreno onde a APA realiza a Festa do Peão, foi comprado. Não foi doação de ninguém. E diretoria nenhuma condenou, culpou ou acusou o poder público de não ter dado dinheiro. Esse, em regra, é o comportamento da sociedade do interior de Rondônia.
Digo-lhes isso com a segurança de quem é um dos fundadores da entidade. Sócio remido 36. Espichei corda na Avenida Jamari, nos fins de tardes, com João Teles, o idealizador da entidade, e outros companheiros, parando carro para colher assinaturas na ata de fundação. O presidente atual da APA ainda era criança, filho de pioneiro que matava porcos para sustentar a família.
Não está hora dos empresários de Porto Velho, a maior cidade do estado, a maior concentração de ricos e de riquezas, saírem do imobilismo egoísta e se juntarem com a entidades que representam os diversos segmentos e começarem a materializar a construção de suas próprias representações culturais, hein!!!
Onde andam os pecuaristas da Capital? E por que as escolas de samba não produzem eventos com suas baterias e passistas? Hã? Foi assim que nós fazemos lá no interior. Ninguém fica chorando pitanga pelos cantos, não.
Vamos deixar o dinheiro do povo para a saúde, a segurança e a educação pública dos nossos filhos. Assim, num ambiente mais educado e seguro, quem puder, poderá até dá umas voltinhas pela cidade com suas ferraris, sem medo de ser feliz.
Osmar Silva é jornalista – sr.osmarsilva@gmail.com
Língua de Fogo – STF: origem das piores notícias que atormentam o país
Eu lutei contra a Ditadura Militar de 1964. Quando fecharam o Calabouço, no Rio de Janeiro, um restaurante/escola, em frente ao Aeroporto Santos Dum
Dominação - Escravização pela pobreza e ignorância
Sabe porque o Dino desprezava seus pares no Senado e humilhava os congressistas da Câmara? Porque Alexandre de Moraes e seus pares, dão as costas pa
O Brasil e o Estado de Rondônia que vejo é bastante diferente do que muitos vêm. Torço e peço a Deus para que eu esteja errado. Talvez não tenha con
O golpe, a traição do Lula e o contragolpe
O Brasil todo acompanha, pelos noticiários dos veículos de comunicação e redes sociais, o tenso clima político e institucional em que o país mergulh