Sexta-feira, 12 de outubro de 2012 - 11h35
As eleições do primeiro turno em Porto Velho expuseram caráteres nada edificantes. Arrancaram máscaras e mostraram vísceras. Com direito a prurido fétido e repugnante. Serviram para o eleitor passar um recado claríssimo: não basta ‘querer’ ser político. É preciso ‘ser’ político. E político no bom sentido do comprometimento com as causas e as dores populares. Sem isso, disseram nas urnas: “não se meta”. Exemplo cristalino é a amarga decepção do empresário Mário Português. Este, nunca mais cairá no canto da sereia. Nem na lábia dos Cassol. Quem passou a vida acumulando, sem tempo nem para conhecer a cidade onde amealha, não esquecerá o ‘prejuízo’ colhido num jogo que não sabia jogar. Virou presa fácil dos estelionatários eleitorais. Nunca mais esquecerá os milhõe$ jogados janela a fora. Dói muito, e como dói.
Fátima Cleide, com uma bonita história de vida e de atuação política, foi a grande vítima. Vítima das vilanias do seu partido a nível nacional, da baixa credibilidade de suas grandes estrelas, a começar pelo próprio Lula, sob os holofotes do julgamento do século, no STF. O eleitor, decepcionado, torceu o nariz aos seus apelos à agora ‘amiga’ Fátima, por ele ignorada pouco tempo atrás. Não tem mais a mesma força de antes.
A ex-senadora Fátima foi vítima, principalmente, dos maus feitos e da má conduta do prefeito Roberto Sobrinho. O povo não lhe perdoa as obras inacabadas, mal feitas e abandonadas. E logo num tempo em que não faltou dinheiro. Faltou foi gestão capaz de realizar. E o eleitor reprovou sobretudo, seu mau comportamento político. No período pré-eleitoral saiu traindo todo mundo. Traiu o vereador Cláudio Carvalho, traiu sua chefe de gabinete Mirian Saldãna, traiu seu parceiro da Emdur Mário Sérgio e o envolveu num escândalo de corrupção que ainda vai dá em cadeia. Por fim, traiu a pessoa que o tirou do nada para um mandato de oito anos, que o tirou da vida de pobre para o fausto das viagens pelo mundo. Traiu, mais uma vez, a Fátima. E ainda botou o Jair Ramirez para ajudar o Mário Português. E acabou com PT na Capital. É mole ou quer mais?
O seu Roberto agora é carne de carniça. Ninguém o quer. Ninguém confia. Não tem nada pra dar. Enterrou o partido e o seu futuro. Provou que é um sujeito capaz. Não para construir. Mas para destruir. Os próximos anos servirá para gastar com advogados boa parte do que tenha amealhado. E para arrepender-se dos seus pecados. Se tiver consciência para isso. Deus perdoa, mas é preciso arrependimento verdadeiro. Mas é necessário humildade. O senhor Roberto conhece esse sentimento? A dor o fará reconhecer.
Outro papel triste veio do jovem político Mário Sérgio. Um rapaz com todo o futuro pela frente, que o está desperdiçando com condutas que, certamente, não aprendeu com os pais. Submeteu-se às traquinagens do seu Roberto. Tocou uma campanha sem nenhuma expectativa de sucesso. E por fim, traiu o acordo feito com a Globo e melou o último debate. A serviço de quem? Contra quem? E a favor de quem? A que preço, hem!!!? As respostas a estas indagações inviabilizam sua carreira, destroçam seu caráter e liquidam com sua credibilidade. Este é um pedaço do retrato em preto e branco desta eleição. Vamos para o 2º turno. Mais aí, já é outra história.
Osmar Sila
sr.osmarsilva@gmail.com
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