Terça-feira, 15 de outubro de 2019 - 12h23
Meu prédio escolar tinha duas
escolas: de manhã era Escola Osvaldo Aranha e à tarde era Escola 21 de Abril.
Ficava numa praça onde a gente brincava antes e depois das aulas. Bem em frente
da Prefeitura. O recreio era no pátio interno, sob o olhar da diretora e dos
professores.
Qualquer bagunça ou
briga, quando a gente se dava conta, já tinha alguém segurando nosso braço. E,
dependendo do caso, o castigo vinha em forma de palmatória. Minha professora,
Dona Nair, era a mais temida, não só pelo tamanho como pela a cara feia. Mas era
uma negra de coração de ouro!
Meus estudos foram
interrompidos quando terminei o 3º ano primário com a professora Nair. Bendito
primário daqueles tempos! Bendita professora Nair que me ensinou tão bem e me
preparou para a vida.
Um dia ela me disse: seu
Osmar, você está preparado para fazer o exame de admissão. Não precisa esperar
a 4ª série. Pode ir direto para a 5ª série. Era uma prova temida para
entrar no ginásio. Mas a sorte, o destino, tudo ficou fora de lugar, com diz o
cancioneiro. Não pude mais estudar.
Mas com este 3º ano primário virei
jornalista aos 17 anos na rede dos Diários Associados de Assis
Chateaubriand. Gerenciei
empresas com trezentos empregados, fui diretor e editor de jornais diários.
Exerci assessorias de reitores e organizações empresariais, dirigi e criei
entidades culturais. E nos últimos quarenta anos, constitui empresas
jornalísticas e jornais que entraram para a história de Rondônia e de Roraima.
Ocupei funções pública de alta relevância em município e estado.
Bendita professora Nair! Bendito 3º ano primário!
E Bendito também, Telmo Padilha, escritor grapiúna
de ‘Canto Rouco’, ganhador do Prêmio San Marco, da Itália. Meu amigo e
orientador, com quem tive o privilégio de conviver, trabalhar e aprender. Foi
ele que me levou até Jorge Amado, seu compadre, me dando a oportunidade de
conversar, ouvir e, durante alguns dias, desfrutar da companhia de um dos mais
célebres escritores brasileiros. O eterno criador de ‘Grabriela, cravo e
canela’, ‘Tiêta do agreste’ entre tantos.
Bendito Telmo Padilha! Bendito Jorge Amado!
Com estes meus mestres, encerro esse breve relato e saúdo os professores de Rondônia e do Brasil, neste outubro, na esperança de que sejam uma professora Nair, um Telmo Padilha, um Jorge Amado para tantas crianças e adolescentes que carecem de luz segura para guia-los vida a fora.
Osmar Silva –
Jornalista – Presidente da Associação da Imprensa de Rondônia (AIRON) – sr.osmasrsilva@gmail.com – WhatsApp 069.99265.0362
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