Quinta-feira, 15 de março de 2012 - 17h30
Olha pessoal, me desculpem pela linguagem rasteira, mas tem hora que parece estarmos vivendo em casa de puta governada por quenga. Ah não! Corrijo a injustiça. Mesmo uma casa de puta governada por quenga, para atingir seu objetivo, tem que ter certo grau de eficiência e qualidade. Coisa que, neste momento, nosso querido Porto Velho desconhece. Não bastassem as agruras decorrentes da desastrosa administração municipal, esta agora, arranjou um aliado de peso: o Dnit.
Quer saber do que estou falando? Pergunte a qualquer morador da Zona Leste da Capital. Ouvirás um relato do que é ter a rotina e a vida revirada, de cabeça pra baixo, de repente, por conta do caos que se instalou justamente ali, onde mora e vive a parcela mais desassistida da população. As ruas precárias transformaram-se do dia pra noite em lamaçais, atoleiros, buracos intransitáveis mesmo para quem anda a pé. Todo por causa do tráfego pesadíssimo de supercarretas, supercaminhões, supercaçambas e máquinas de todo tipo, desviados da BR-364, sobre vias que mal suportavam motos e bicicletas, veículos da massa trabalhadora das periferias urbanas.
Tu sabes o que é amanhecer e ter que ir pro trabalho se esgueirando entre máquinas mortíferas dirigidas por condutores nervosos, raivosos e revoltados? Sabe o que é manter crianças presas sem poder colocar o nariz na calçada, pois esta virou pista para as supermáquinas? Imaginas o que é ficar travado num engarrafamento quilométrico onde nem bicicleta passa? Como chegar ao trabalho ou em casa? Como chegar ao posto de saúde ou à escola? Como viver num inferno deste?
Pois é isto que estamos vivendo na Zona Leste por causa da incompetência, do descaso e da irresponsabilidade de agentes que tem obrigação de zelar pelo bem público, pela qualidade dos aparelhos e serviços públicos. Mas não o fazem. Ao contrário. Deixam as mazelas irresponsáveis correrem soltas, só pra ver no que vai dar. Foi exatamente como se comportaram os dirigentes do Denit-Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte, de Rondônia, diante do buraco que tomou conta da BR-364. E é como estão se comportando os executivos nacionais do órgão diante das péssimas condições da estrada há mais de trinta anos sem única restauração. É, hoje, um temido corredor da morte.
Nem o trabalho vigilante da imprensa registrando e mostrando, diariamente, por meses, a evolução da cratera, o estreitamento da pista, o risco de vida, comoveu os dirigentes do órgão ou os políticos responsáveis por suas nomeações. Os braços ficaram cruzados e os cérebros congelados até o estrangulamento total da rodovia que alimenta quatro estados da Região Norte do Brasil: Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.
Este comportamento criminoso clama por justiça, por reparação, por condenação. Quem vai pagar por todos os transtornos a que está submetida a pobre população da Zona Leste da cidade em função de tamanho descaso? Quem vai ressarcir os prejuízos de cada cidadão? Infelizmente ninguém. Não há quem nos defenda dos maus gestores. Estamos ao Deus dará. Não há a quem pedir, não há a quem reclamar. Estamos à própria sorte. Ou não? Quem sabe o Ministério Público estadual ou federal tenha uma resposta. Quem sabe.
Osmar Silva
sr.osmarsilva@gmail.com
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