Segunda-feira, 20 de junho de 2011 - 20h30
Quando li sobre a sessão itinerante do parlamento estadual realizado em Ariquemes no último dia 14, terça feira, lembrei das grandes reuniões que ocorreram no Cinema 7 Irmãos, dos ciganos, na Avenida Jamari, nas décadas de 70 e 80. Ainda não tínhamos Assembléia Legislativa, pois não éramos estado. Mas ali, como hoje, na reunião da Assembléia, se encontravam as primeiras lideranças com as autoridades vindas de Porto Velho ou de Brasília, para debater os problemas de uma comunidade ávida de crescimento. No salão do 7 Irmãos se encontravam pessoas que ainda estão no cenário político. O governador Confúcio Moura aparecia uma vez ou outra. Nem pensava em política. Vivia enfunado, com sua mulher, médica Maria Alice, no Hospital São Francisco, cuidando de doentes. A maioria com malária ou acidentados das derrubadas das matas. Francisco Sales era o prefeito e a líder maior. Presença obrigatória e fonte de soluções. Mas lá já estava, também, o contador João Leite, com apetite pela causa pública e pela política. Hoje é vereador de três mandatos. Dois consecutivos. O primeiro, em 1982, durou seis anos. É um dos pioneiros que continua em atividade política no.
Lá estava também, recebendo os primeiros apoios do prefeito Francisco Sales Duarte de Azevedo, mas ainda sem nenhum destaque, o jovem recém formado em técnicas agrícolas, Adelino Folador. Vindo do exterior, com forte sotaque de gringo e de gaúcho, trouxe os miúdos olhos brilhando de ambição por terras e por poder. Hoje é deputado estadual e mora em Ariquemes, de novo, após mudar-se para Cacaulândia quando ainda era distrito de Ariquemes. Ali, foi prefeito por vários mandatos e alcançou o que queria. Poder e terras. Junto com a sua Ana. Mulher de verdade. De trás pra diante e diante pra trás. Sempre Ana, professora dos tempos pioneiros. Que virou política. Vereadora e chefe de poder. Em Caculândia.
Talvez, nas concorridas matinês das tardes de domingos, no Cine 7 Irmãos, estivesse o piá Saulo. Ou nas peladas rurais dos fins de semana, com churrasco, pão e refrigerante. Se lambuzando na poeira das estradas recém abertas por Francisco Sales, o prefeito que implantou as infraestruturas básicas de Ariquemes. Não lembro onde Saulo andava naquele tempo. Mas é certo que também fazia parte do cenário pioneiro. Tanto que virou vereador na década de 90 e só saiu da Câmara Municipal após presidi-la e eleger-se deputado estadual. Criou uma entidade atuante nos bairros que hoje é exemplo de atividades sociais em favor dos que mais precisam. A gratidão dos atendidos e o reconhecimento dos demais, têm-lhe assegurado seguidos mandatos.
Na sessão itinerante da Assembléia estava ainda o deputado Lourival Amorim. De Ariquemes, onde foi presidente da Associação dos Pecuaristas-APA, que tive a honra de ajudar a criar e colaborar com as primeiras diretorias. Nos tempos de carregar pedra. Lourival não estava lá e nem no Cine 7 Irmãos. Ele veio depois. Bem depois. A generosa terra o acolheu. Acabou presidindo a Idaron, no governo passado. E perdendo uma campanha para prefeito. Mas que serviu para atapetar sua trajetória rumo ao parlamento estadual. Ajudado pelo Ary Alves Filho, que a todos recebeu, no Incra, nos idos tempos.
Como você deve ter observado, caro leitor, Ariquemes tinha naquela sessão da Ale, três deputados de casa. Dois deles oriundos dos velhos e bons tempos em que todos eram amigos e iguais. Situação igual só aconteceu na metade da década de 90 quando o município mandou para o legislativo estadual os deputados Francisco Sales Duarte de Azevedo, Altair Schons e Donizette José. Esses, hoje, estão olhando a política do alto de suas histórias. A grande diferença é que, agora, Ariquemes tem, também, o governador Confúcio. E o Márcio Londe na prefeitura. Naquele tempo, ele era vendedor da Loja Ideal Eletrodomésticos, em Porto Velho. Ariquemes, agora, tem a força.
Osmar Silva
Sr.osmarsilva@gmail.com
Fonte: Jornalista Osmar Silva/DRT 1035 - sr.osmarsilva@gmail.com
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