Sexta-feira, 20 de maio de 2011 - 06h24
Corrupção. Nos últimos dias esta palavra tem sido bastante pronunciada em Rondônia. Na VI Semana Jurídica da Uniron houve uma palestrante discorrendo sobre o assunto para um auditório e uma sala cheios de acadêmicos e profissionais do direito. Noutro evento, foi criado o Comitê Rondônia Contra a Corrupção composto por treze instituições que atuam em defesa dos cofres públicos. Esses membros combatem o ataque dos corruptos aos tesouros dos municípios, dos estados e da União. A própria Corregedoria Geral da União, está estimulando a criação de conselhos municipais de combate a essa prática maldita. O governador de Rondônia, Confúcio Moura, a definiu como “uma ofensa à dignidade do povo brasileiro”.
Mas o que é corrupção? Os dicionários a definem como “depravação, perversão, desmoralização, degeneração mórbida, suborno, sedução, etc”. Então veja que o legue é amplo. E você? Seria capaz de dizer que nunca se corrompeu e que nunca tentou corromper alguém? Hem! E a lei de Gerson? Será que nunca tiraste vantagem de alguém ou de alguma situação? Pois é, é aí que a maioria de nós ver-se obrigado a jogar a pedra no chão. A mesma pedra que estava pronta para ser atirada no outro. É só sentenciar: que atire a primeira pedra quem... lembra?
Segundo um levantamento do ano passado o Brasil ocupa o 69º lugar no ranking das nações que praticam a corrupção. São bilhões de reais perdidos todos os anos somente na corrupção institucional. Dinheiro desviado nas ações da União, Estados e Municípios, nos três níveis de poder da República. Fatos que emporcalham a imagem do país e dos cidadãos de bem. Os usuários da prática não estão nem aí. A maioria do meio político desfila a arrogância e o fruto do roubo com desenvoltura. Compram mandatos em busca da blindagem do Congresso e demais casas legislativas. Praticam e estimulam a máxima: “roube bastante para gastar com bons advogados e sobrar”. Pronto. É só seguir a fórmula que dá tudo certo.
E sabe no que eles confiam? Na impunidade e na capacidade de corromper o eleitor. Sabe como justificam o roubo? Afirmando que o povo também é corrupto. “É só dá uma boquinha pra ele que ele cala a boca. Dá uma beira pro outro que ele fica quieto. Divide um pouquinho com aquele lá, que ele ajuda a roubar”. Com essas máximas, o cara, de primeiro mandato, que entrou com promessas de renovação e moralidade, já entra pronto e podre, com o bote armado para arrancar o dinheiro da merenda escolar, do remédio do hospital, da estrada e do asfalto de nossas ruas. Porque pra eles, nós também somos corruptos. E de preço baixo.
O ministro Palocci, da Casa Civil do governo da Dilma Roussef, está dando o exemplo. Com patrimônio multiplicado por quatro em curtíssimo tempo, indica o caminho das pedras. Por isso que o cara quando se elege vereador já compra uma camionete de luxo e reforma a casa. Quando vira deputado, já é fazendeiro. Nunca mais será pobre. O dinheiro vem de todos os lados. O contra-cheque não cobre o patrimônio. Mas quem vai mexer com isso? Ninguém! É exatamente isso que nos envergonha e nos humilha. Quem sabe a partir das constantes discussões e do surgimento de organismos da sociedade para combater essa praga, comece a prosperar uma nova moral e um novo comportamento ético na sociedade, sem os quais, a própria sociedade se degrada e apodrece.
Osmar Silva
Sr.osmarsilva@gmail.com
Fonte: Jornalista Osmar Silva/DRT 1035 - sr.osmarsilva@gmail.com
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