Quarta-feira, 19 de abril de 2017 - 17h07
O governador Confúcio Moura quer deixar como legado do seu governo, um estado fiscalmente ajustado, com pib positivo, criativo e moderno. É nesse sentido que anuncia uma Agência de Desenvolvimento como mais um importante instrumento para estimular e financiar o crescimento de Rondônia.
Ele está correto. Esse é o caminho para Rondônia consolidar sua vocação de nova fronteira do agronegócio do Brasil.
Mas, paralelamente, precisa livrar o estado de velhas, ineficientes e corrompidas estruturas que, mais que benefício, só produzem dissabores aos seus usuários.
É o caso da Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd) e da Companhia de Mineração de Rondônia (CMR) entre outras.
A Caerd vem de um longo histórico de más gestões que se agravou com a Gestão Compartilhada do PT durante o governo Cassol. Aí, a empresa afundou de vez.
Os gestores compartilhados compartilharam os escassos recursos da empresa em forma de benefícios e privilégios para os seus funcionários e dirigentes. E assim está até hoje.
Um Baronato de bem servidos por usuários espoliados e mal atendidos. Não há dinheiro que vire água na torneira. Não sobra nem para pagar conserto de velhas e obsoletas bombas d’água.
Onde está a água universalizada prometida ano após ano a todos os lares de Porto Velho? Onde está a rede de esgoto cantada e decantada com mais de meio bilhão de reais em conta?
Onde estão estes bens pelos quais o governador Confúcio chegou a ser constrangido no Tribunal de Contas da União, em sua luta para resgatar o dinheiro perdido pela a incompetência do governo Cassol?
O que se sabe é que, por pura arrogância dos gestores atuais em não atender recomendações do Tribunal de Contas de Rondônia, a Caerd perdeu parte ou todo o recurso resgatado por Confúcio, por não conseguir sequer licitar, corretamente, os serviços ao longo de seis anos de governo.
Dane-se o povo que, mesmo em pleno inverno, com os poços artesianos cheios d’água, passa semanas inteiras com torneiras secas. Obrigado a comprar água mineral, coletar água das chuvas ou pegar as contaminadas águas dos poços amazônicos.
Quase certo que, parte da fausta diretoria da Caerd passou o feriadão em praias alhures, curtindo as gordas rendas.
Dane-se o Confúcio que tanto lutou e tanto prometeu.
OsmarSilva – Jornalista – Presidente da Associação da Imprensa de Rondônia-AIRON – sr.osmarsilva@gmail.com
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