Segunda-feira, 7 de janeiro de 2019 - 11h18
É indiscutível que todos estão
animados e cheios de esperanças num futuro melhor no Brasil. Os sinais de
confiança num novo momento de construção e de reconstrução de valores, são
visíveis em toda parte.
Os rondonienses,
particularmente, estão bem alegres. As pessoas percebem o preço mais em conta
da gasolina, tomam conhecimento que Aneel manterá bandeira verde na energia até
o final de fevereiro e escutam notícias de que a Bolsa de Valores bate recordes
na valorização e venda de títulos. Não entendem muito disso, mas sabem que é
coisa boa.
As pessoas só escutam e ouvem
falar de boas intenções dos novos governos em combater a corrupção, o crime
desenfreado, o desperdício de dinheiro e os privilégios dos que podem mais. E
até que o desemprego está caindo. Ou seja, os empregos estão voltando. Aqui e
no resto do Brasil. E sentem que o peso que carregam no cangote, pode ser
aliviado.
É, de fato, o que todos
esperam. Mas, será? Esperamos que seja!
Rondônia, por exemplo, quer
continuar com seu virtuoso crescimento ancorado no agronegócio, com contas
equilibradas, contratos respeitados e pagamentos de fornecedores e servidores
em dia.
Mas me chamou a atenção, na
manhã desta quinta-feira, 4 de janeiro, dia do aniversário de emancipação do
estado, a ausência de representantes do Poder Judiciário, de membros da bancada
do Congresso e da presença mais encorpada do Poder Legislativo estadual, na
solenidade de nomeação e posse dos secretários do 1º e 2º escalões de governo
de Rondônia.
O governador Marcos Rocha, que
só foi receber a faixa do cargo neste ato de posse dos seus assessores, contou
somente com a presença de três deputados estaduais dos 24 que compõem o
plenário. Entre os três, não estava o presidente da Casa Legislativa. E só
havia um congressista, dos dez que compõem a bancada de Rondônia no Congresso
Nacional. Será que não foram convidados? Duvido!
Talvez por isso, o governador
tenha se sentido encorajado para afirmar, no seu discurso, apontando para a
equipe recém nomeada e empossada que “não tem nenhum indicado por deputados,
políticos ou partidos”. Pareceu algo como ‘se vocês não me prestigiam, também
não prestigio vocês’. Deus ajude que fique somente na impressão momentânea. Mas
que dá o que pensar, isso dá.
O fato é que, em 40 anos em
Rondônia, estou testemunhando coisas nunca antes vistas. Umas boas, outras nem
tanto e algumas, preocupantes. A novo governador Rocha e sua equipe vão ter que
se superarem para conquistar a confiança dos reticentes mandatários e membros dos
demais poderes.
É uma excelente oportunidade
para que todos do novo governo que acabaram de sair do anonimato, com poucas
exceções, construam uma trajetória que os eleve à condição de notáveis gestores
públicos e abram caminho para o futuro.
Deus salve o Rei!!!
OsmarSilva – Jornalista –
Presidente da Associação da Imprensa de Rondônia-AIRON
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