Segunda-feira, 13 de junho de 2016 - 14h02
Pois é. Amanheci pensando nisso. Estamos a quatro meses das eleições para prefeitos e vereadores e o assunto ainda não chegou na boca do povo. Não se sabe quem serão, de fato, os candidatos. Os nomes ventilados aqui e ali, num boteco ou noutro, num diretório de um partido daqui ou da acolá, parecem que ainda não passam de balões de ensaio. Muitos deles procurando se valorizar para se insinuar a vice de alguém. Mas quem?
É. As coisas mudaram muito. Quem pensa fazer política contando com o bolso do outro e passando o chapéu nas empresas, esqueça. E não espere dinheiro do fundo partidário. Esse butim é de poucos. Historicamente.
Que empresário nesses tempos bicudos porá o nome da sua empresa e o seu próprio na berlinda? Hem! Só se for suicida.
A única coisa que favorece o candidato sem cacife próprio é o tempo curto da campanha no rádio e na televisão: 35 dias. O item mais caro do processo eleitoral. Bom para o candidato. Péssimo para o eleitor que tem pouco tempo para conhecer e escolher o nome a quem destinar o voto.
Se anteriormente eleitores catavam santinho no chão no dia da eleição para votar, por não conhecer candidato algum, nos próximos pleitos se multiplicarão. Podem apostar. A campanha não terá tempo de chegar aos rincões rurais. Ficará restrita aos centros urbanos e olhe lá.
Um município com extensão de Porto Velho é um desafio e tanto. E mas ainda pelo fato de abrigar, no seu interior, várias cidades e, cada uma delas, com seus povoados e currutelas. Até mesmo sua sede, Porto Velho, tem bolsões urbanos de difícil acesso, largados ao abandono dos serviços e da atenção dos poderes públicos. Locais onde a notícia tem dificuldade de chegar.
Do lado do eleitor, lembremos, o maior obstáculo do nosso processo eleitoral é a escolha do candidato. Até porque, na verdade, o eleitor não escolhe o candidato. Quem, verdadeiramente escolhe, são os caciques dos partidos. E estes, impõem ao eleitor os seus escolhidos. Como se fossem os melhores, mais competentes e mais honrados do mundo. Com raríssima exceção, não são. São, na verdade, os mais servis aos objetivos dos seus padrinhos.
Alguém consegue ser candidato no partido do condenado senador Cassol sem a sua benção? Ou no PMDB sem o assentimento da família Raupp? Claro que não! Nem que vaca tussa.
É entre os nomes impostos por eles que somos obrigados a escolher o ‘melhor’. Na maioria das vezes nos damos mal com qualquer nome que escolhemos. Isso independe de partido. E ainda carregamos a acusação de não sabermos votar e de só escolhermos bandidos. Não é o que se diz por aí quando se aponta os bandidos que a polícia federal consegue pegar?
- Os políticos representam o povo. Os deputados e senadores foram escolhidos pelo eleitor. O vereador e o prefeito é o povo quem escolhe. E agora reclamam, reclamam de quê?
São estas acusações que jogam nos ombros do desprotegido eleitor. Ele é que é o culpado de tudo. Até da derrota da seleção brasileira de futebol que leva gol até do Haiti.
Estamos a quatro meses das eleições. Em quem votar?
OsmarSilva-Jornalista-sr.osmarsilva@gmail.com
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