Sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011 - 17h31
A terça-feira desta semana começou amanheceu com uma notícia vindo das entranhas da política rondoniense que embasbacou muitos, causou espanto em outros e deixou muita gente desconfiada suscitando questionamentos sobre moral e ética. Estou me referindo à eleição da mesa diretora da Assembléia Legislativa do Estado para o biênio 2013/2015. Não que se trate de algo ilegal. Longe disso. Tanto que contou com o apoio e o voto de 22 dos 24 deputados que compõem a Casa. Os dois restantes, talvez em conflitos com suas consciências, preferiram ausentar-se do plenário.
Então por que o espanto de uns e o embasbacamento de outros? Ocorre que a sociedade política e o povo como um todo, ainda estavam digerindo os embates ocorridos antes e depois da eleição da mesa diretora para o período 2011/2012. Nessa refrega, não faltaram acusações de traição, manietação do poder executivo e até cobranças de cabeças. O poder legislativo defendia-se proclamando a independência e a convivência harmônica dos poderes.
Nem completou um mês da posse desta mesa diretora eleita e a opinião pública depara-se com a notícia de que a mesma diretoria acabara de ser eleita, novamente, para mais um mandato que se iniciará em 2013 e só findará em janeiro de 2015. Ou seja, os atuais mandatários da nova e independente Assembléia Legislativa lá permanecerão por 4 anos. Período de todo o mandato do atual governador de Rondônia.
Não é a primeira vez que se ver isso acontecer em Rondônia e outros estados da federação brasileira. Mas é a primeira vez que se ver ocorrer dentro de um período tão curto de menos de 30 dias. Se negavam lutar somente pelo desejo de poder, não poderão negá-lo mais. A sede de poder foi tão grande que os levou, de garganta seca, ao pote fundo, em menos de um mês. E aí dá pra desconfiar de que, por trás desse biombo, tem coisa armada. E da pesada.
Neste mesmo espaço defendi, dias atrás, o direito e o dever da independência dos poderes. Louvei a eleição da mesa diretora da Assembléia, como rara oportunidade do exercício do diálogo entre os três poderes. Principalmente pela chance do atual governo demonstrar suas características de estadista, convencendo o legislativo, pela razão, a votar em projetos em favor do bem comum. Mas agora desconfio de que, com essa atitude apressada e até mesmo extemporânea, os dirigentes da Casa de Leis do Estado, estejam jogando fora os créditos conquistados e até comprometendo seus futuros.
Esta reeleição de surpresa, solapando o princípio democrático da alternância de poder, não é ilegal, repito. Mas, convenhamos, não é um exemplo moral nem ético. São, antes de tudo, exemplos de espertezas que não se deve ensinar em casa. Nem permitir que nossos filhos aprendam na escola.
Fonte: Osmar Silva - sr.osmarsilva@gmail.com
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