Há exatos 60 dias do 1º turno das eleições, será que você já tem uma noção de em quem votará para presidente da República? Ou para governador do seu estado? E para senadores, deputados federais e estaduais, já tem alguma simpatia?
Se ainda não tem respostas para as indagações acima, não se preocupe. Você não está sozinho. A absoluta maioria das pessoas, de qualquer estado ou município, está como você e eu: ainda sem rumo. Esse é o fenômeno destas eleições. Essa apatia aparente engana todo mundo. Pesquisadores, cientistas políticos e observadores da política brasileira.
Aparenta uma contradição. Ao mesmo tempo em que reclamamos das condutas dos políticos do nosso país, assumimos um ar de quem não está nem aí.
Claro que estamos aí sim. Ligadíssimos. E isso é que lhes deixam doidos. Será que se confirma a pesquisa que indica beltrano ou ciclano liderando intenção de votos? Será que aquele que parece morto não aparecerá ressuscitado ao final das apurações?
Quem subirá as escadas do Palácio Rio Madeira no dia 1º de janeiro de 2019? Acir Gurgacz, Maurão de Carvalho ou Expedito Junior? Eles encarnam o desejo do novo, limpo e honesto? Ou essa foi uma aspiração da eleição passada viralizada nas redes sociais? O prefeito Hildon Chaves é um bom paradigma? Talvez sim, talvez não. Você dirá.
O fato, nesta eleição com 45 dias de companha, metade da anterior que teve 3 meses, é que nós estamos num cipoal, enroscados entre tantos nomes e partidos que nos oferecem, que nos perdemos.
Esquerda, centro, direita. Que importância isso ainda tem? São discursos vazios de um passado que não deixa saudade. Quem está ligando para isso? O político da esquerda de antes-de-ontem, era o mesmo que ontem estava na direita e que hoje é do centrão. ‘João Bobo’, indo para um lado e para outro.
Só para lembrar, o candidato a presidente Álvaro dias, já passou por 8 partidos. Ainda assim, exalta-se as suas qualidades. Clara demonstração de que os 35 partidos políticos que disputam as eleições no Brasil não são ideológicos. São fisiológicos e oportunistas.
São usados pelos políticos para cumprirem a exigência de filiação partidária por não haver, na lei, candidatura independente. E os transformam em instrumentos do toma lá dá cá. Além de se beneficiam com os recursos que destinam a si mesmo através dos fundos partidário e eleitoral.
É desse meio que sai os nomes para escolhermos. E já só temos dois meses para definirmos em quem votar. A quem daremos os seis votos que essa eleição exige?
E lembremos que o poleiro de senador está disputadíssimo. Olhe só: Carlos Magno, Valdir Raupp, Jesualdo Pires, Confúcio Moura, Edésio Fernandes, Marcos Valério e outros. Só desse time terás de escolher dois. Quais serão os seus?
OsmarSilva – Jornalista – Editor do noticiastudoaqui.com – presidente da Associação da Imprensa de Rondônia-AIRON -
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