Sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012 - 11h31
Acabou o carnaval. E com ele os resquícios das férias de fim de ano. Agora o ano de fato, começa. Tanto que os professores já entraram com suas indefectíveis greves. E o governo reuniu, em plena segunda feira gorda, os generais do ensino para dar início à revolução da educação. Falta só ajustar com o Sintero. E os políticos começaram a se mexer. Como Roberto Sobrinho, da Capital, que lançou seu factóide. Uma pré-candidata da sua ala petista no lugar da defenestrada Epifânia Barbosa. A todos do círculo pergunta: “e aí, como está a reação?” Os chalaças respondem – “boa, muito boa. Aquela companheirada lá, tá com a gente!” E o Cláudio Carvalho? Bom, este não se prestou a ser carne pra piranhas. Reserva-se para a opção final do chefe. Ou então brigará por sua cadeira na Câmara de Vereadores.
Enquanto isso, nós, os zé-manés e as marias-do-bairro, burros como somos, rolamos de dar risada com estas pataguadas dos poderosos, dos que se julgam donos dos nosso votos, dos que se acham ungidos pela inteligência divina. Entortamos a boca de tanto gargalhar. “Manda mais uma aí mermão! Esse povo pensa que nós é cego! Mas nós tamo é ligado, é ou não é”? É isso aí. Tem gente que não tem nenhum respeito pelo povo ou por sua terra. Não é que tem um louco querendo lançar um maluco que só tem cinco anos de Rondônia como candidato a prefeito de Porto Velho! Eles não conhecem nem os bairros da cidade. Soltem-os em qualquer canto das zonas Sul ou Leste e não acertarão o caminho de casa. Perguntem-lhes se nas suas terras de origem isso é possível? Não é. Mas aqui, terra de ninguém, de besta, de orelhas furadas, é possível sim, avaliam eles sem nenhum pudor.
Toda essa movimentação demonstra que ano realmente começou. Os governos procurarão fazer este ano mais do que fizeram em todos os anos anteriores. É preciso mostrar serviço. Conquistar o eleitor. Ou seja, eu e você. Os partidos brigam internamente, se dividem, buscam alianças, experimentam nomes. Rola muita facada nas costas. O ambiente é cheio de fura-olhos.
Veja-se o que acontece no Partido dos Trabalhadores. Seu Roberto puxa pra um lado. Acha-se o grande líder capaz de eleger um toco. Despreza a outra banda onde se ancora a ex-senadora Fátima Cleide que, no passado, foi fundamental para que ele saísse do um por cento para ganhar a eleição do hoje deputado Mauro Nazif. Ele era pobre de dinheiro e de voto. Nem vereador conseguira ser. Mas hoje é rico e se acha dono dos nossos votos. Não precisa mais da Fátima nem da outra banda do PT que, fielmente, a acompanha reconhecida da lisura ética e moral da mulher que garantiu para Rondônia um repasse mensal permanente e crescente a partir de efetivada a transposição. Um feito que ninguém conseguiu. E, dificilmente, alguém conseguirá algo similar nas próximas décadas.
Já que o ano começou verdadeiramente, veremos se a nova direção da Assembléia Legislativa está somente fazendo discurso ou se é pra valer os atos anunciados para revolver o lixo e a podridão entranhada até nas paredes do prédio. Veremos se a comissão processante vai mesmo processar, julgar e cassar os tranca-ruas que emporcalham a casa, envergonham os servidores e humilham os cidadãos de Rondônia.
Será que ainda vamos ter orgulho de mostrar pros nossos filhos a sede do parlamento? Quando deixaremos de ter vergonha quando alguém nos pergunta ‘você é de Rondônia?’ Chegou a hora de saber o que vale mais: ser honesto ou ser ladrão.
Fonte: Osmar Silva
sr.osmarsilva@gmail.com
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