Terça-feira, 5 de março de 2019 - 10h13
O governo Rocha, papagaio do governo
Bolsonaro, poderia imitar as melhores práticas do seu ídolo. Terá melhores
resultados que imitando as piores. E nesta aprendizagem, buscar exemplos em
Jorge Teixeira que, coronel como ele, governou para fora dos muros do quartel.
Aberto, acessível e democrático, em tempos da ditadura.
O governador vem exercendo o poder de forma
inacessível, fechado, intramuros, gerando reclamação de todos os lados, em
tempo de plena vigência do estado de direitos, onde a imprensa, assim como a
advocacia, são pilares da democracia.
Bolsonaro reconheceu, recentemente, a
importância da imprensa profissional e buscou se redimir de atitude
equivocadas. Bom exemplo a ser copiado.
Aqui, a imprensa está vivendo tratamento
excludente, pautado por quem não é do ramo ou pouca ou nada sabe. E que,
equivocadamente, procura eliminar a capilaridade de difusão da informação ao
invés de expandi-la, levando os atos de governo a todos os cidadãos em todos os
recantos do estado.
Talvez os ‘foquinhas’ achem que agindo assim
estarão ‘poupando’ o chefe do senso crítico dos eleitores aos seus atos
equivocados e ás suas omissões. Quantos menos souberem, melhor.
Ou será do interesse do governo que todos
saibam que, ao contrário de reduzir os custos do estado como prometeu, está é
aumentando com quase 5 mil nomeações de comissionados, sem nenhum critério
técnico ou meritocrático?
Terá interesse de dizer ao povo que invés de
economizar para fazer alguma coisa útil ao cidadão, está é pedindo US$ 30
milhões de dólares emprestado e aumentando a dívida do estado para nós
pagarmos?
Querem mesmo que o eleitor saiba que o governo
está usurpando dever de outro Poder e editando norma ditatorial, possivelmente
inconstitucional, reduzindo direitos dos cidadãos?
Ao privilegiar meia dúzia de veículos de
comunicação, como se fossem a voz do trovão chegando em todas as tocas, excluiu
centenas de meios pequenos e médios, verdadeiros arautos, postos em todas as
localidades.
Estes sim, chegam em todas as tocas. E são a voz do trovão, porque a multiplicam. O resto é só pretensão e interesse nada republicano. Nem a Globo, com todo o seu poderio, conseguiu.
Osmar Silva – Jornalista – Presidente da Associação da Imprensa de Rondônia – AIRON
WhatsApp 99265.0362 – sr.osmarsilva@gmail.com
É uma atitude burra transformar em adversário
quem, sem abrir mão da verdade dos fatos, pode ajudar esclarecer aos da sua
aldeia ou do seu quintal, quando correta e benéfica for a ação do governo.
Recentes ataques do Coronel Rocha à Imprensa e
o fato de não a usar para se comunicar com o povo, só demonstra o quanto está
mal assessorado além de revelar sua inabilidade com o exercício da democracia.
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