Terça-feira, 20 de novembro de 2018 - 10h00
Continua
na moita o governador eleito Marcos Rocha, sua Comissão de Transição e os seus
(ainda desconhecidos) assessores e conselheiros mais diretos. Tudo bem. O seu
meio milhão de eleitores e os demais cidadãos além da imprensa, estão
esperando. Já meios impacientes, mas aguardam breve manifestação que não os
desaponte. Só assim estará justificada a quietude prolongada.
Enquanto
isso, corre solto o livre pensar. E assim, me remeto aos famosos doze trabalhos
de Hércules, lá na terra e no tempo dos Deuses do Olimpo, para dizer que o
coronel Rocha tem que provar que é realmente resistente e forte como uma rocha.
Também terá, no mínimo, doze desafios para realizar. Se até o final do mandato
conseguir o feito, será digno de aprovação e até de um segundo mandato como
prêmio. Caso contrário, se extinguirá como um sonho de verão.
A
verdade é que Rondônia espera um governador capaz de materializar o sonho de
ver a BR-364 duplicada de Vilhena a Porto Velho; de conseguir trafegar em via
asfaltada e pontes sobre rios e riachos de Porto Velho para Manaus; de ver o
canal navegável do Rio Madeira desobstruído de Porto Velho a Manaus; de
embarcar no Aeroporto Jorge Teixeira, pessoas e mercadorias, para qualquer
lugar do mundo, incluindo a Bolívia aqui do nosso lado; e fazendo a mesma coisa
através dos portos hidroviários do Madeirão.
Um
governador que demonstra ter um presidente da República como parceiro, como
parece ser o caso, pode muito. Jorge Teixeira é bom exemplo disso. Só fez o que
fez porque teve João Figueiredo como aliado de toda hora.
Assim,
é lícito que desejemos que o governo que assumirá em 1º de janeiro próximo,
possa dar conta de fazer sair a ponte binacional Brasil/Bolívia de
Guajará/Guayra Mirim; começar a hidrelétrica de Tabajara; construir a
rodoviária da Capital; implantar a rede de esgoto de Porto Velho (uma chaga
vergonhosa); construir o Hospital de Urgência e Emergência (Heuro) também de
Porto Velho; construir um espaço multieventos que possa abrigar as
manifestações populares como carnaval, boi bumbás, Flor do Maracujá, shows
populares e ainda contar com auditório
para congressos, simpósios, encontros e outras manifestações.
E
ainda tem o arroz com feijão: saúde, educação, segurança e o agronegócio, nossa
galinha dos ovos de ouro. Tudo tem que rolar redondinho. Sem atrasar pagamentos
de servidores e fornecedores. Gestão firme, enxuta, equilibrada. Único caminho
para enfrentar as dívidas do Beron, da Caerd, do Pedise e dos precatórios.
Claro
que muitas destas manifestações elencadas só serão concretizadas em parceria
com o governo federal e municípios. Principalmente a centenária Porto Velho,
que carrega grande atraso na qualidade de vida dos seus moradores em relação às
urbes do interior do estado, mais novas e mais modernas.
Se
der conta destas tarefas, o governo Rocha provará que é de granito e não de
arenito.
A ponte; a elevação da BR no trecho onde a
rodovia foi tomada pelas águas na última grande enchente e o asfaltamento dos
perto de 900 quilômetros da BR 39, que liga Porto Velho a Manaus, compõem um
trinômio vital para nossa expansão, em todos os sentidos. Uma quarta medida,
talvez a principal de todas, por enquanto não passa de um sonho: a duplicação
da BR 364, de Vilhena à fronteira com o Acre.
NESTA TERÇA, DANIEL SERÁ ELEITO NO SEBRAE
Terça-feira é dia de nova eleição. Só que essa bem mais tranquila,
já que há apenas um candidato para o cargo principal. O governador Daniel
Pereira deve ser escolhido, por aclamação, pelos 13 representantes de entidades
que têm direito a voto, como futuro superintendente do Sebrae em Rondônia.
Votam, entre outros, representantes de bancos, do governo estadual, da
Universidade Federal de Rondônia e de outras entidades. A disputa mais ferrenha
será pelo comando do Conselho da Administração da entidade, já que dois
candidatos vão disputar o posto. Um deles é o presidente da Fecomércio, Raniery
Coelho, personagem destacada nos meios o comércio do Estado e o outro é Hélio
Dias, presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura, a Fetagro.
Também serão eleitos, pelos menos 13 votantes, o novo secretário geral da
entidade e o secretário de finanças. O mandato é de três anos, com direito à
reeleição e a posse será na segunda quinzena de janeiro, pelo menos duas
semanas depois que Daniel Pereira passar o Governo para Marcos Rocha.
OS RUMOS DA ASSEMBLEIA
A próxima eleição, essa sim vital para a política rondoniense e para o próximo governo, acontecerá em 1º de fevereiro, daqui a 77 dias. A movimentação é intensa e já haveria pelo menos três grupos trabalhando para eleger suas chapas. Cada uma delas, dependendo a fonte, com 14 votos já garantidos, ou seja, pelas contas dos pretendentes, seriam 42 os deputados e não apenas 24. Claro que o comentário está eivado de ironia, porque a tradução real é que não importam as mobilizações, porque a tendência é que as coisas se decidam na última hora. O governador Marcos Rocha, que estaria apoiando o deputado José Lebrão, mudou o discurso e disse que a Assembleia é outro poder e ela deve resolver internamente seus problemas e tomar suas decisões. É um discurso normal, embora saiba-se que na verdade o apoio do Palácio Rio Madeira/CPA pode ser decisivo, na Hora H. Mas, até fevereiro, os deputados vão continuar conversando, fazendo acordos e dialogando, coisas que eles gostam de fazer. A decisão, só mesmo na sexta-feira, dia 1º de fevereiro, no final da noite....
OsmarSilva
– Jornalista – Presidente da Associação da Imprensa de Rondônia-AIRON
sr.osmarsilva@gmail.com – WhatsApp 99265.0362
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