Domingo, 30 de dezembro de 2012 - 05h45
Encerramos o ano com o ambiente político em ebulição. A chaleira não esfriou e a água borbulha. E o fogão ganhou mais umas achas de lenha quando o governador Confúcio Moura confessou, em programa de televisão, que é sim, candidato à reeleição em 2014. Saiu do comportamento prudente que lhe faz jus o nome, e futucou o cão com vara curta. As hostes adversárias não pediram para morrer. Pediram para matar. Onde já se viu tamanha ousadia? Devem ter vociferado.
E o pior é que foi mesmo. Ousadia num tamanho sem conta. Ou demonstração de confiança e destemor? Talvez nada disso. Simplesmente jogando aberto, sem subterfúgios, colocando as cartas na mesa. Quem tiver cacife ou carta na manga, que jogue também. O pano verde da sucessão estadual está aberto. Democraticamente, com clareza. Quem quiser que fique na sombra, fazendo o jogo do gato. Arranhando e escondendo as unhas. Confúcio gosta do jogo aberto, às claras. Estou na arena e, quem se sentir habilitado, que venha. Ganha o melhor.
O requerimento do presidente da Assembléia Legislativa carente de assinaturas de apoio pedindo CPI contra o governador nem esfriou nem foi esquecido. É certo que os cães latem e a caravana passa. Mas também é certo que tem cão que abana o rabo pela frente e morde o calcanhar quando está atrás. Não derruba o camelo. Mas pode deixá-lo mancando e atrasar a caminhada. Por isso a prudência, sempre ela, não pode ser esquecida.
O governador está confiante no trabalho que vem realizando e no que está planejado e pronto para ser executado no próximo ano e no seguinte. Mas não pode subestimar a capacidade destrutiva dos seus adversários. Os profetas do caos vão vociferar cada vírgula fora do lugar. Raivosamente, espumando, dentes trincados.
Agem escudados e amparados na imunidade dos cargos que ocupam e escudados no direito de opinião. Para Hermínio Coelho, por exemplo, Confúcio não é somente ladrão. É chefe de quadrilha. Ele busca, nas mesas de jogos que frequenta, qualificativos desonrosos para aplicar ao governador. É o seu primeiro e permanente exercício de cada dia. Obsessivamente. Mas se alguém der ao ilustre parlamentar o mesmo tratamento, ganhará processos e perseguições. Na hora. Sem amparo, sem escudo.
Então, o governador que se cuide. Essa gente não vai ficar parada. E não vão deixar barato. Agora que não há mais dúvidas, os representantes do quanto pior melhor já arregaçaram as mangas. Agora é guerra sem trégua. Dois anos antes das eleições.
E só pra encerrar: o PT está fora do governo. Não discuto as razões de lado a lado. Mas é bom lembrar que se o partido não ajudar, tem por outro lado, uma grande capacidade destrutiva. Quem duvidar disso que pergunte ao Garçom. Perdeu a prefeitura de Porto Velho quando, publicamente, rejeitou o apoio do PT. A militância que a Fátima Cleide, candidata do partido não teve, uniu-se e bandeou-se de mala e cuia para o deputado Mauro Nazif. Que simplesmente ficou quieto. E virou prefeito.
Fonte: Osmar Silva – sr.osmarsilva@gmail.com
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