Sábado, 24 de agosto de 2019 - 09h27
O presidente Jair Bolsonaro substituiu a belicosidade das
suas últimas declarações por um tom mais amistoso em sua fala oficial sobre a
crise desencadeada pelas queimadas e incêndios na Região Amazônica. Melhor
assim. Afinal, não somos uma ilha de excelência e bem-estar social que não
precise da comunidade internacional. Ao contrário, precisamos de todos, assim
como eles.
Entretanto, confesso que senti falta de uma frase, pelo
menos, lembrando ao mundo a nossa soberania sobre o nosso território e o nosso
destino como Nação, inclusive claro, sobre a Amazônia.
Não gostei nada de ouvir o presidente da França, Emmanuel Macron,
chamar a Amazônia de ‘nossa casa’. Não, não é a casa dele nem da senhora Ângela
Merkel, da Alemanha, ou do senhor Justin Trodeau, do Canadá. Amazônia é a minha
casa e de mais 209 milhões de brasileiros.
A Amazônia não é uma possessão do mundo, um condomínio de
biodiversidade, reservas florestais e minerais de riquezas incalculáveis, guardada
sob a gerência do presidente do Brasil. Isso é o que eles querem. Mas isso é
que não é e nunca será. A Amazônia é do povo brasileiro sob a posse de 20
milhões de habitantes em seus 9 estados.
Mas não há como negar que enfrentamos uma crise que saiu da
fronteira interna para o mundo.
Convenhamos: Bolsonaro e o filho boquirroto que quer ser
embaixador, pegaram o caminho errado ao partir para o confronto chefes de
estado de outros países. Foi o pior erro. Divergências são resolvidas pela
diplomacia. É para isto que existe o Itamarati e o Ministério das Relações
Exteriores. E não batendo boca em redes sociais. “Mentiroso” pra cá e “idiota”
pra lá.
Ademais, lembremos, foi o nosso presidente quem provocou o
que, agora, chamou de “caos”. A crise é decorrente de suas próprias atitudes. Uma,
foi o discurso liberalizante e indutivo que estimulou a ganância e a ambição de
empresários, garimpeiros, aventureiros e facínoras de todos os naipes, a
avançar sobre a floresta.
Eles não perderam tempo. Caíram sobre a floresta como nuvem
de gafanhotos sobre o milharal. Zero preocupação com meio ambiente, fogo,
camada de ozônio, biodiversidade e tal.
A outra, foi bancar o rico ao recusar os recursos do Fundo
Amazônico e fazer acusações aos países signatários do acordo e às ongs de
interesse destas nações. Deveria dispensar a ajuda civilizadamente, mandar as
ongs de volta às origens sem afrontas, sem fechar portas.
Esses equívocos desencadearam a crise com a União Europeia
que ainda precisa dos seus parlamentos para consagrar o acordo feito com o
Mercosul, após 20 anos de negociações.
Ora, nós sabemos e eles também, que mais de 95% da Amazônia
está preservada. Que o atual índice de desmatamento e queimadas é pouco mais da
metade do que ocorreu em 2004 e 2005, e não houve essa reação.
Mas o momento é outro. Invejam nossa condição de sermos um
dos maiores produtores de comida do mundo. De termos reservas de riquezas para nos
tornarmos maiores que eles. Isso incomoda. E muito.
Ainda bem que o governo agiu rápido. Nas medidas anunciadas
na fala oficial em rede de televisão, o presidente Bolsonaro, mais ponderado,
sinalizou ao mundo que não está de braços cruzados diante do ‘caos’. Mesmo com
protestos e panelaços aqui e lá fora.
E mandou toda a força repressiva pra cima dos idiotas que
acreditaram que podiam fazer e acontecer na Amazônia. Descobriram que a
Amazônia é nossa, mas o mundo a vigia bem de perto. E têm como nos cobrar
efetividade. É o famoso poder de compra. Quer encarar?
Osmar Silva – Jornalista – Presidente da Associação da
Imprensa de Rondônia-AIRON – sr.osmarsilva@gmail.com –
WhatsApp 99265.0362
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