Quinta-feira, 25 de abril de 2013 - 11h22
Ao ver as imagens da reinauguração da Residência do DER em Machadinho d’Oeste, com a solene circunstância do ato governamental, aplaudido e elogiado pelos deputados Neodi Oliveira e Adelino Follador, na Assembléia, lembrei da inauguração do próprio Machadinho, num começo de verão, com a presença de engenheiros e técnicos do Incra envoltos com mapas espalhados nos capus dos carros localizando, assentando e mostrando os lotes aos novos donos. Os pioneiros.
Mas tudo começou bem antes, no planejamento do projeto para assentar milhares de famílias que chegavam todo dia de todo o País, convocados pelo governo federal e, no Paraná, particularmente, pela União Cascavel interessada em vender passagens para o novo El Dorado.
Até então os lotes dos projetos de colonização tinham um formato retangular, do mesmo tamanho, sem considerar a geografia nem os cursos d’água. Com isso, muitos colonos recebiam lotes sem água ou só com rochas e pedras. O meu foi assim. Imprestável para a agricultura ou pecuária. Logo eram devolvidos ou abandonados.
No Machadinho, totalmente financiado pelo Polonoroeste com dinheiro do Banco Mundial, foi diferente. Os lotes de tamanhos irregulares, nunca mais que cem hectares, levando em conta a geografia e os cursos d’água. E uma novidade: com reserva florestal definida. Era a onda ecológica chegando no começo dos anos 80 na Amazônia.
E mais três importantes inovações: era o primeiro assentamento com estradas e pontes de primeira qualidade em todas as linhas. O primeiro a nascer com um Núcleo Urbano de Apoio Rural abrigando os serviços públicos, construídos em alvenaria no meio da selva. E tudo feito antes que qualquer colono pusesse os pés na Região. Por isso, a seleção de famílias foi rigorosa.
Numa madrugada, de início de verão, no meio da década de 80, este repórter e diretor do O Parceleiro, encontrou-se com os primeiros colonos que iriam receber os primeiros lotes do Machadinho. Ainda escuro, todos espalhados na mata da sede do Incra, na avenida Capitão Silvio, em Ariquemes. Traias e cacaios arrumados. Fações, foices e motosserras. Espingardas, rancho e a plaquinha: “Sitio Boa Esperança”. Ônibus e picapes esperando.
O grupo se compôs com a chegada do padre Eloy, vigário da paróquia de São Francisco. Todos embarcaram. Quando saímos da RO- 01(hoje BR-257) e entramos nas estradas do Machadinho à altura do Distrito 5º Bec, parecia que estávamos numa rodovia asfaltada, de tão boa que era.
Foi naquela região, no meio do sertão amazônico, que o Incra entregou o primeiro lote ao colono Severino. E foi ali que o padre Eloy reuniu todo mundo em círculo e rezou o primeiro Padre Nosso daquelas terras. Estava inaugurado o Machadinho d’Oeste que tinha como executor, naquele momento, o agrônomo Antônio Lopes(já aposentado, mora em Porto Velho) assessorado pelo técnico Flávio Carvalho(hoje coordenador geral do Incra em Rondônia e, duas vezes ex-prefeito do Machadinho).
O Governo de Confúcio Moura vem dando especial atenção à maior cidade, que foi distrito de Ariquemes, da rica Região do Anari, que já tem uma porta de entrada e saída para o Mato Grosso. E prestigia o deputado Neodir Oliveira que, à época do início da colonização do Machadinho, ainda não havia chegado com a sua pequena picapau Induspan, que o transformou no rico líder político de agora.
A Residência do DER é mais uma demonstração da importância do Machadinho para o desenvolvimento regional e do acerto dos pioneiros que o criaram sob a coordenação do ex-senador Galvão Modesto.
Osmar Silva
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