Sexta-feira, 22 de julho de 2016 - 11h51
Eu, eleitor, dos Rios Grande do Sul, do Norte, de Janeiro, de Porto Velho nas margens do Rio Madeira ou de Nova Viçosa na beira mar, no extremo sul da Bahia ou de qualquer um dos quase seis mil municípios do Brasil, estou na juquira, largado ao vento, sem bússola e sem rumo, sem saber como achar alguém que não me engane nessa próxima eleição.
Eu, eleitor, neste momento, sou alvo da cobiça e da ganância de milhares de candidatos a prefeito e vereador. Todos atrás do bom salário que eu, independente de minha vontade, lhes pago.
Você já viu candidato sem sorriso na cara, cenho fechado, antipático? Podem até ser feios, mas antipáticos nunca! São risonhos e sedutores, passados na casca do alho na arte de mentir, iludir. Mister M? Perde de longe!
Pois bem, todos além do salário apetitoso, que eles mesmos determinam para eu, pobre eleitor, pagar, estão buscando muito mais, sabem o que? Poder. Poder comandar, em 99% dos casos, a maior empresa do município: a prefeitura.
Poder de decidir onde e como gastar uma montanha de dinheiro, que eu, eleitor, coloco lá no cofre o dia inteiro, o ano todo, a vida inteira. Poder de mandar e desmandar sobre milhares de empregados. Poder para atender ou deixar de atender o desejo e a necessidade de milhares de pessoas.
É tanto poder que até se transforma na pessoa mais bonita e sexy do pedaço, não importa o quanto seja feia. E, para isso, não precisa ter diploma de faculdade, ter conhecimento de gestão empresarial, currículo de experiência profissional.
O candidato não carece de nada disso. Só precisa saber ler e escreve. E, lógico, tem que saber seduzir, conquistar, dissimular, enganar. E quem é o alvo de todo esse embuste? Eu, eleitor, lógico. Porque agora quem está com o poder sou eu. Sou eu que tenho tudo o que ele quer: o voto.
Ele quer que eu, eleitor, lhe entregue o meu tesouro por livre e espontânea vontade. Vá lá na urna e lhe dê o voto. Ou seja, a procuração universal com poderes ilimitados. No momento que eu cair no laço, estará tudo consumado.
É a partir daí que ele pode tudo e eu não posso nada. Deixo de ser alvo de sua cobiça e passo a ser um chato de galocha que vive pedindo as coisas. Um saco sem fundo. Por isso, sua agenda está sempre cheia. Não tem espaço para uma audiência comigo. Só tem tempo para gente da alta. Gente que nem mora aqui. Gente que nunca vi.
Sem direito a afagos e sorrisos encantadores, descubro, decepcionado e magoado, que mais uma vez, fui engando. E a verdadeira cara da pessoa se revela em toda a sua feiura.
O Brasil precisa mudar isso gente! Eu, eleitor, não aguento mais isso. E não basta eu mudar. Eles também têm que mudar. Eu e todos os iguais a mim, temos que ter o direito de tirar o sujeito que nos enganou. De aumentar ou rebaixar o salário dele. Tudo de forma rápida e prática.
Oh Senhor! Não quero ser enganado outra vez. Tenha pena desse pobre eleitor, toma a minha mão e me guia para a pessoa certa. Aquela que não vai roubar o meu dinheiro e o meu sonho de ter orgulho da minha cidade.
Oh Senhor! Sou tão pecador. Mas te prometo: se atenderes o meu grito angustiado, não vou pedir telha nem tijolo, tampouco dentadura, remédio ou exames, vestido de noiva ou gasolina, a nenhum candidato. E ainda que me ofereçam, eu te prometo meu Deus! Recusarei com todas as forças do meu coração. Amém!
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