Sexta-feira, 24 de abril de 2020 - 12h35
O rombo no casco do navio do governo do presidente Jair
Bolsonaro é grande. A saída do ministro da Justiça e da Segurança Pública, o
jurista Sérgio Moro, um dos pilares garantidores do executivo federal,
enfraquece substancialmente o projeto Brasil Acima de Tudo, Deus acima de
Todos. E fortalece, exacerbadamente, sua Oposição composta, na maioria, por
lideranças desonradas por crimes e condenações judiciais.
Ferir a autonomia da Polícia Federal com demissão sem
causa, nomeação política para proteger políticos que deveriam estar presos e o
rompimento na confiança da palavra dada pelo presidente no ao então juiz para
assumir o ministério, foi demais para o ético Sérgio Moro.
Ele preferiu pagar um alto preço para conservar sua
biografia de honestidade e honradez conquistada no mundo inteiro com 22 anos de
atuação na magistratura brasileira.
É fato. Ser honesto no Brasil não é uma virtude para ser
aplaudida. Ao contrário. Nestes tempos obscuros, se transformou num fardo
pesado. Uma conduta que gera inimigos e pelo qual se paga um alto preço.
Infelizmente, o doutor Sérgio Moro está descobrindo essa
verdade, tomando da taça amarga e ficando à mercê dos inimigos que o desejam
morto. Pior ainda: sem a garantia da segurança que tinha como magistrado e como
ministro para si e sua família.
Moro é, agora, mais um desempregado no mercado de trabalho
impactado pela Pandemia do Covid-19. Frágil e só. Embora tenha o aplauso da
absoluta maioria dos brasileiros de bem, que respiram aliviados ao constatar
que, mesmo parecendo impossível, o Brasil ainda pode contar com verdadeiros
patriotas. E o Sérgio, é uma destas honrosas exceções.
Imaginem, as caras de gozo orgásmicos do ex-presidente
Lula, da ex-presidente Dilma Roussef, do José Dirceu, do advogado Zanin e
demais membros desta periculosa organização com a renúncia de Moro ao cargo de
ministro da Justiça!!! O Diabo está
dando cambalhotas!
E eles têm razão para comemorar! Com um ato só, do próprio
adversário, se livraram do Moro, Bolsonaro fica mais enfraquecido e a tese do
impeachmente ganhará força. E ainda, de lambuja, o PT e os seus partidos
acessórios se fortalecem. Com essa gente, qual o futuro do Brasil?
E não é só. Pois os conflitos do presidente Bolsonaro com o
ministro Paulo Guedes, da Fazenda, não são mais ocultos. Todos já sabem. Se
esse pegar o boné, adeus viola! Não há quem conserte o rombo no navio.
Mais verdade ainda, é o fato de que o presidente nem
precisa de Oposição. Ele e os seus filhos dão conta desse papel com muito mais
eficiência.
Moro vai, mais daqui a dois anos volta por cima, pelos
braços dos brasileiros, para onde quiser. A menos que renegue a política.
Osmar Silva – Jornalista – Presidente da Federação Nacional
dos Comunicadores Seccional Rondônia e da Associação da Imprensa de Rondônia –
WhatsApp 69.99265.0362 – sr.osmarsilva@gmail.com
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