Sexta-feira, 1 de abril de 2011 - 17h26
Por que será que a morte do ex-vice-presidente da República tocou tanto a gente brasileira, como se fosse um parente querido ou um amigo dedicado? O que o povo, os Zés, os Joãos, as Marias e as Das Dores, de todas as raças e religiões, viam no empresário mineiro José Alencar, de cara redonda e sorrisão? E por que até os políticos estão mostrando caras compungidas? Todos sabiam que ele partiria a qualquer hora. Então, por que essa tristeza?
Simples. Por que ele tinha o que a maioria do povo brasileiro tem e teima em cultivar: vergonha na cara. Ele era um dos grandes depositários de valores que uma minoria descarada, infiltrada em todos os segmentos sociais e escalas de poder, insistem em pisotear. Por isso a maioria da nossa gente torcia pela sua vida, orando e pedindo a Deus. Sabiam que, enquanto vivo, José Alencar seria uma barreira intransponível aos ilícitos legais, morais e éticos. Os cultores dessas práticas bateriam noutras portas.
Daí a tristeza que a todos atinge. O cidadão simples, o trabalhador honesto, o empreendedor iniciante e o político sério, tinham no nosso ex-vice-presidente, um exemplo a ser seguido, uma bandeira chamando para a marcha das boas causas. Das causas justas. Um farol guiando as esperanças de quem educa filhos com valores que nos dignificam e justificam nossa presença nesse mundo. Um farol de cidadania que apagou, mas deixou o brilho de sua luz em nossas lembranças. Esse é o consolo.
Que legado maior poderia nos deixar José Alencar? Como político, conseguiu atravessar a turbulência de oito anos de governo petista, que a tantos a corrupção engolfou, sem sofrer sequer um arranhão. Nunca apareceu envolvido em folha-corrida. Seu currículo permaneceu limpo. Foi o vice-presidente mais sério, parceiro e amigo do titular das últimas décadas. E sem abrir mão de opinião própria e críticas pertinentes a ações do seu próprio governo.
Como trabalhador nos deixa o exemplo de que, também no Brasil, é possível começar do nada e chegar ao topo da pirâmide sem ocultar cadáveres debaixo do tapete. Não se viu sua empresa transformada em balcão de negócios públicos. E como pessoa...ah! que exemplo! A confiança, a fé, a gratidão, a força e a capacidade de luta mostrada a cada aparição, a cada sorriso, revelava o tamanho do guerreiro que foi. Ele dava esperança a quem a perdeu. Coragem a quem era fraco. Confiança ao descrente. Resignação a quem sofria. E tudo isso com a humildade do caboclo mineiro de Itamuri. Essa é a herança. O tesouro que nos enriquece. Mais que o pib.
Fonte: Jornalista Osmar Silva/DRT 1035 - sr.osmarsilva@gmail.com
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