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Gente de Opinião

Osmar Silva

O Ibope e o preço


A pesquisa de avaliação do governo de Rondônia deve ter provocado dor de barriga e ranger de dentes nos líderes dos 20% que não gostam do estilo Confúcio de governar. São os melancólicos saudosistas da chibata de Ivo Cassol.  O difícil é esta gente convencer alguém de que este resultado do Ibope foi  ‘comprado’. Até porque trata-se de um instituto com credibilidade consolidada há décadas aqui e fora do Brasil. O resultado de sua consulta ao povo mostrou o que encontrou. O povo, que muitos acham burro, demonstra, sempre que consultado, crescente capacidade e maturidade na percepção dos fatos que muitos de má fé teimam em negar. É o que ficou demonstrado.

Apesar da insistente pregação dos adversários, de suas bandeiras do ‘quanto pior melhor’, dos seus prognósticos catastróficos e irresponsáveis, de ameaças de cassação, de CPI e prazos fatais, seus gritos esganiçados de desesperados foram bruscamente interrompidos pela matemática das ruas, das portas das igrejas, do pátio das escolas, das conversas das famílias nas calçadas: o homem tem 80% de aprovação do povo. Mais importante ainda: do maior colégio eleitoral do estado. A Capital.  E observem mais um significativo detalhe: não teve nada estimulado, induzido. Foram expressões espontâneas. Dadas de livre vontade.

A percepção popular é sensível ao bem e ao mal feito. Quando está ruim, o povo diz que está ruim. Quando está bom, diz que está bom. Não tem metáfora nem disse-me-disse. Percebem que, ao contrário do que apregoa os detratores, os salários do funcionalismo são pagos corretamente dentro mês. Que a saúde, obrigação de quantos governos passaram, somente dilapidando, está melhorando a olhos vistos, ao contrário dos arautos da desgraça que não se conformam e se recusam a enxergar e, por isso mesmo, agora acusam até a ordem e o respeito à vida reinante no Pronto Socorro João Paulo, de ‘ditadura militar’. Que frustração: desejam o retorno infernal dos corpos doentes espalhados no chão dos corredores. Aí eu pergunto: você acha que esta gente ama Rondônia? Você confia em quem não tem respeito pela vida de ninguém?

Ainda estamos em agosto e seu Confúcio anuncia: já passamos dos 7 mil quilômetros de estradas de chão recuperadas, com curvas atenuadas, com lombadas e morros rebaixados, obras de arte e mais segurança. Portanto muito melhor do que se fazia antes. Nunca, nem mesmo no governo do seu Cassol, que se notabilizou cuidando de estradas, se atingiu esta marca no meio do verão. A regra era começar as obras no meio da estação. E o povo, principalmente o rural, percebe estas diferenças como ninguém. Como negar isso, hem meu irmão! Só por que tenho inveja do cara?

O problema, meu caríssimo leitor, é o preço. O preço que cobro para enxergar. Se pagar o que cobro, abro o olho e fecho a boca. Se me der só a metade do que eu quero, fecho um mas abro o outro e deixo a língua solta. Irresponsável, mentirosa e ferina. Portanto não basta somente uns CDS, uns carguinhos pro filho, pro sobrinho, pra teúda e etc. Tem que ser mais. Já disseram com todas as letras: ‘ se liberar todas as emendas...” O problema é o tamanho do apetite. Se entregar a chave do tesouro do estado, é pouco. Levam pra casa na hora. Não querem nem saber que é do povo. ‘Nós somos o povo’, dizem de pronto. Graças a Deus, estão restritos a 20%. Foi só o que conseguiram iludir. Estão traduzidos na figura do “cachorro que late enquanto a caravana passa”. “Olho vivo que cavalo não desce escada” como ensinou, por décadas, seu Ibrahim Sued.

Osmar Silva -  sr.osmarsilva@gmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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