Sábado, 3 de setembro de 2011 - 09h09
O jogo político é cheio de ritual. E de biombos. Só acredita na paisagem mostrada os ingênuos. Os argutos buscam a verdadeira imagem por trás do painel. Os incautos ficam diante do palco, eufóricos e excitados com o show. Os prudentes buscam localizar os objetivos escondidos pela festa. É só observar os movimentos e não será difícil ver o que rola por trás do biombo.
Nesse dia primeiro de setembro tivemos a oportunidade de testemunhar um desses momentos simbólicos da política. As mensagens foram dirigidas a parceiros e adversários. Não nos iludamos. Congraçamento, união, encontro ecumênico de cardeais mais felpudos que raposas do gelo, foram acessórios para emoldurar sorrisos de dentes brancos. A mais pura demonstração da hipocrisia política.
A inauguração da bonita e moderna sede do PMDB, com tanta pompa e circunstância, entrará para a história não por ser a primeira sede própria de um partido político do estado, mas por ser o momento exato em que o gigante acordou e exibiu sua força. Resolveu, confiantemente, demonstrá-la. Ano passado, inseguro, correu atrás de parceria, que o PT negou, para ganhar as eleições. Foram para o confronto. O PT perdeu. E só no segundo turno compareceu. Timidamente.
Agora é o PMDB que manda o recado. Não queremos parceria com o PT. Teremos candidato próprio à prefeitura da Capital. A jóia da coroa. E tome exibição de músculos. Agora ‘eu tenho a força’. E nomes. Bons nomes. Entre eles, o de Orestes Muniz. Todo o cenário de ontem serviu para isso. Para dizer, ‘vocês que são pequenos venham se aliar a nós’. E: ‘você(PT), se quiser, venha como soldado. As vagas do oficialato estão comprometidas’.
Tudo arrumado e perfeito para a grande entrada em cena de um nome que sempre foi preservado como a grande reserva para qualquer cargo: doutor Orestes Muniz. Primeiro discretamente, de mansinho como bom mineiro, assumiu a direção regional do partido no lugar do senador Valdir Raupp que, por sua vez, assumiu com discrição, o comando nacional do PMDB no lugar do vice-presidente da República Michel Temer. Pronto. As pedras já estão no lugar. A festa inaugural com cardeais do partido e a segunda maior autoridade da Republica, serviu para dizer: ‘É esse o homem’. O grande anfitrião agradecido exibia o sorriso de dentes imaculadamente brancos e polidos.
O PT que se cuide. Ou toma jeito buscando a pacificação interna e se une em torno de nome com substância e densidade eleitoral, consensualmente, ou ficará na poeira. Se continuar nessa autofagia dilacerante, não carece de nenhum esforço para saber quem é o seu predador. Quer o endereço? Fica bem ali na Elias Gorayeb. E com o pescoço bem grosso.
Osmar Silva / sr.osmarsilva@gmail.com
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Fonte: Jornalista Osmar Silva/DRT 1035 - sr.osmarsilva@gmail.com
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