Segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015 - 05h11
Foi preciso muita cadeia, muita desmoralização, muitos processos e condenações para que o modo operandi das eleições da mesa diretora da Assembléia Legislativa de Rondônia mudasse. Após muito tempo, muitas prisões e carreiras políticas destruídas, estamos vendo a eleição de um novo mandato diretivo correr sem deputado confinado ou escondido em fazendas, hotéis e resorts de luxo e luxuria. O hábito torto queria virar cultura.
Estamos testemunhando um novo tempo. Até agora, pelo menos, não se viu nem ouviu falar da famosa mala preta conduzida pelas sobras do poder para corromper a consciência mais honesta. Parece, que na eleição de amanhã, dia 1º de fevereiro, na casa de shows Talismã, teremos uma eleição limpa, ética e honesta. Mais ainda: de chapa única, coisa raríssima na história do parlamento rondoniense.
O que a história, a imprensa e os boletins policiais registraram com abundância foi a traição, facada nas costas e a descarada compra de votos de parlamentares que, anoiteciam pobres e endividados na véspera da eleição da mesa e amanheciam ricos. E a chapa preferencial, amanhecia derrotada. Deputados que tiveram como primeiro ato do seu mandato, a desonrosa prática de trair eleitores e companheiros de parlamento. E com esse ato nortear sua conduta durante todo o mandato. Transformando as falas iradas na tribuna tão somente no desempenho teatral de mais um canastrão ator da política.
O fato é que transformaram a Casa de Leis do estado numa escola do crime. Diretorias se sucederam apostando fazer pior e roubar mais que a anterior. E atingiram o objetivo. Tanto que foram necessárias várias ‘operações’ da Polícia Federa e estadual com a prisão e condenação de muitos para chegarmos, ao que tudo indica, no limiar de um novo tempo. Não é à toa que temos dois ex-presidente na cadeia e um foragido. Além de parlamentares presos e diversos já condenados aguardando o camburão da polícia para recolhê-los.
Parece que esse ciclo do mau acabou. Tudo indica que se inicia outro ético e republicano.
Mas para chegar a esse resultado, a história teve que esperar aparecer um governador que não se intrometesse na eleição da mesa legislativa. Deixou tudo entre eles. A omissão lhe custou o pão que o Diabo amassou. E ainda sofre as sequelas que se arrastarão no segundo mandato. Mas aprendeu a lição.
Desta vez se fez presente e diferente. E atuou quebrando as velhas práticas da corrupção. Nada de mala preta. Nada de esconder deputado. Ao contrário, convocou-os para sessão extraordinária deliberativa sobre projetos urgentes de governo. Chamou-os para mostrarem a cara ao povo a dois dias da eleição da mesa. 19 dos 24 compareceram. Não tem ninguém escondido. O governo conversou eticamente, negociou politicamente, republicanamente. Ofereceu ações preferenciais nas áreas políticas dos deputados aliados. Um cargo ali, um espaço acolá. A convocação de um para compor o governo e a ascensão de outro para o parlamento. Moedas meramente políticas, lícitas. Próprias do jogo democrático.
De tratativas assim, ninguém tem do que se envergonhar e nem envergonhará ninguém.
Oremos a Deus para que o Diabo não meta o rabo – de hoje pra amanhã - no consenso que transformará a eleição do deputado Maurão de Carvalho em mera aclamação para dirigir a Assembléia Legislativa de Rondônia. Só o Teixeirão conseguiu esse feito ao eleger José de Abreu Bianco como o primeiro dirigente da Casa Legislativa.
OsmarSilva – Jornalista – sr.osmarsilva@gmail.com
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