Domingo, 2 de outubro de 2011 - 08h53
Ele está ressurgindo, sacudindo as cinzas do ostracismo, encontrando gente disposta a abraçá-lo. Retomando a caminhada interrompida ainda na juventude. Naquele tempo fez história. Foi vereador e deputado constituinte de 1988. Está lá, na Carta Magna, o seu nome. Foi prefeito de Porto Velho e sucumbiu ao bater de frente com rancorosos membros do ‘poder’, do Tribunal de Contas de Rondônia. Havia mudado de partido. Estava no PMDB e descobriu, na dor, que o haviam posto dentro da sala mas não na intimidade da casa. E amargou o seu inferno astral sozinho. Foi, literalmente, para a juquira. Ou melhor, criar galinha para viver. Ele e sua primeira dama, dona Lindalva, foram trabalhar nas feiras livres da cidade que administraram: Porto Velho.
Estou me referindo ao neo-tucano José Guedes, acadêmico de direito da Uniron que, como o Ícaro, das lendas gregas, ressurge das cinzas ao retornar ao velho ninho do PSDB onde, ainda jovem, começara sua militância política interrompida em 82 disputando uma cadeira de vereador pelo PMDB de Jerônimo Santana, o grande líder da oposição à ditadura em Rondônia. Após anos de recolhimento forçado pelas perseguições perpretadas por membros do Tribunal de Contas liderados por Hélio Máximo, o mais rancoroso, Guedes viu-se cercado de velhos e novos parceiros políticos, saudando seu retorno a um cenário em que, no passado, foi um dos principais protagonistas.
Esse mesmo Tribunal de Contas que hoje se consome em lutas intestinais e quedas de braço pelo poder, numa autofagia desbragada, em que expõe ao público suas mazelas e o lado obscura de sua face, também se junta, como no passado, para moer adversários. Para estes, vale os laudos técnicos onde a ausência de uma virgula é crime. Para o$ parceiro$ vale os laudos políticos que os agraciam com aprovações às suas traquinagens. Tal tem sido os inúmeros e vistosos casos de parcialidade e demonstrações de mau exemplo incompatível com o papel e a finalidade do órgão, que somos levados a concordar com a ex-senadora Serys Slhessarenko, do Mato Grosso, que pretende acabar com essas cortes. De sua autoria, tramita no Congresso a PEC-90 com essa finalidade.
Ultimamente, o que não falta é matéria na mídia rondoniense mostrando as jogados e comportamentos espúrios de membros do nosso Tribunal de Contas. Tanto que, quando acertam num julgamento ou ação, a mídia trata o assunto como exceção. Foi o que fez, semana passada, a jornalista Mara Paraguassu em artigo referindo-se à posição de acerto do Tribunal no processo de isenção de impostos às usinas do Rio Madeira.
Embora Guedes tenha sido vitorioso na Justiça, derrubando todos os julgamentos condenatórios do Tribunal de Contas, pergunta-se: e os prejuízos causados, quem pagará? E pensar que tamanha perseguição teve motivação de vingança em função de um crime denunciado contra o então secretário de segurança do governo Jorge Teixeira, delegado Hélio Máximo, que acabou demitido em função do episódio. O homem que colocou a imagem de Jorge Teixeira na avenida do mesmo nome e que criou os bairros Tancredo Neves e JK entre outros, se forma em direito no fim do ano. Maduro, sofrido e mais experiente, recomeça sua caminhada interrompida nos anos noventa. Está saindo da juquira.
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Fonte: Jornalista Osmar Silva/DRT 1035 - sr.osmarsilva@gmail.com
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