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Gente de Opinião

Osmar Silva

O trato


Vamos fazer um trato: eu e você. Procuraremos ao longo destas linhas, sermos justos com os fatos e as pessoas. Dar-lhes o que lhes é de direito, sem firulas. Mas também apontaremos, sem rodeios, suas falhas. Nada pessoal. Então por que não começarmos reconhecendo que o senhor Roberto Sobrinho avançou bastante, nos últimos sete anos, no resgate de imensas dívidas sociais acumuladas em seguidas e desastradas gestões públicas? Numa cidade como Porto Velho onde, por onde se anda, ver-se a necessidade da presença do poder público, ele anuncia – O trato - Gente de Opiniãoe creio que seja verdade – que já asfaltou 400 quilômetros de vias urbanas. Não é um feito pequeno, não é mesmo? Entretanto, olha-se pros lados e logo nos deparamos com ruas reclamando pavimentação. Nos quatro pontos da Capital. Como a minha, por exemplo, ali saindo na Avenida Mamoré, prometido pro ano passado e depois para este ano e até agora não cumprido. A regularização fundiária desprezada por todos os antecessores é agora realizada e apontada como o maior programa do gênero em execução no Brasil. Será? Não ponho a mão no fogo, mas tem levado segurança e felicidade a milhares de famílias que agora se orgulham de ser proprietárias do que já era seu. Existem outras conquistas.

Mas lembremos duas coisas mais: primeiro que ele governa num tempo em que teve e tem mais dinheiro que competência para administrar. Dinheiro em tal quantidade que nenhum outro prefeito sequer ousou sonhar. Segundo, o gosto pela mentira. Marcar data e não cumprir; anunciar e não fazer; não ter coragem e hombridade de assumir as próprias mazelas. O culpado é sempre o outro e não livrar-se dos que atrapalham. Daí o tanto que deixou de ser feito ou que continuam inacabados. Nos incomodando, nos irritando, nos enfurecendo.

Pelo lado do estado o que se ouve em cada esquina é a qualificação de ‘confuso ’pespegada ao governador Confúcio Moura. Se a reeleição fosse hoje, com certeza perderia. Ele sabe disso. Mas este cenário tem tudo pra mudar a partir de 2012. Somente com as iniciativas já tomadas e em execução, o quadro da saúde mudará bastante a partir do primeiro semestre do próximo ano. Um problemão jogado pra debaixo do tapete por todos os anteriores. As medidas tomadas na educação prenunciam um novo tempo e uma nova história. Vemos o Estado preocupado com o ser humano. Implantando modelos de gestão, de reconhecimento e de valorização dos servidores e de atendimento ao cidadão. Aos poucos renasce o novo estado. Fechando caminhos pra velhas práticas, abrindo veredas pra novas ousadias públicas e privadas. Os titubeios de agora receberão nova análise crítica e histórica. Não estou quebrando o trato proposto no início destas linhas nem sendo magnânimo. Mas expressando uma confiança advinda do conhecimento de mais de três décadas do cidadão e do político Confúcio Moura. Pecados? Lógico que ele tem. O nepotismo é um deles, e tem mais. Mas alguém já viu em Rondônia um governador mais transparente? Tanto que se entrega na bandeja aos adversários. Pelo seu próprio punho. Honestamente, em um ano, qualquer julgamento corre o sério risco de ser irresponsável. É ou não é?

E sobre a Assembléia Legislativa o que diremos? Nada. A não ser que é o objeto da nossa vergonha e da nossa humilhação perante o resto do país e mundo a fora. Há duas décadas e cinco presidentes. É terra arrasada. Somente nova eleição e a esperança de que Deus nos dê consciência política poderá restaurar aquele pântano fétido e contaminado.

Fonte: Osmar Silva
sr.osmarsilva@gmail.com


 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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