Quarta-feira, 17 de julho de 2019 - 18h54
A
origem sempre se faz presente nos atos e atitudes das pessoas ao longo da vida.
Num ou noutro momento um dos elementos originais se manifesta como uma marca,
uma identidade. Mesmo que, através do mimetismo profissional, tente ocultar.
Foi
o que sucedeu com o ministro José Antônio Dias Toffoli, presidente
do Supremo Tribunal Federal, STF que, na 2ª feira de 16 de junho de 2019,
revelou, mais uma vez, sua origem de vassalo jurídico.
Formado
em direito pela USP, começou a carreira como assessor da Cut e da
bancada do PT no Congresso Nacional. Chegou no Palácio do Planalto
assessorando o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente Lula e, por
último, à ex-presidente Dilma Roussef, na condição de Advogado Geral da União.
Não
tem mestrado, doutorado e não é autor de obra jurídica relevante. Mesmo assim,
foi considerado portador de ‘notável saber jurídico’ para ser
indicado, aos 42 anos, para uma das onze cadeiras do STF. Mesmo
carregando no currículo duas reprovações em concurso para juiz de 1º grau. Mas
os ‘patrões’ precisavam de gente de confiança na Corte.
Ao
suspender o processo de repercussão geral que envolve o hoje senador Flávio
Bolsonaro, sob suspeitas de estripulias nada republicanas quando deputado
estadual pelo Rio de Janeiro, Dias Toffoli só precisou de uma firula jurídica –
a de que ‘o Ministério Pública estava atuando sem supervisão jurídica’,
como alegou a defesa.
Pronto.
Aí estava o gancho para o ministro demonstrar sua simpatia, servidão e
vassalagem ao Chefe da Nação. Com a suspensão do processo, Fabrício Queiroz, o
assessor do senador Bolsonaro denunciado pelo Coaf, não precisa mais se
esconder para não ter que falar o que não é para ser dito em público.
Assim,
Toffoli fica de boa com o presidente Jair, com o senador Flávio e com a
poderosa família Bolsonaro. Mesmo que, para isso, tenha suspendido todos os
processos de combate à corrupção em curso pela Operação Lava a Jato.
Aliás,
paralisar as atividades do Ministério Público Federal, talvez tenha sido a
principal razão do temerário ato. Mesmo que a Nação fique de mau com ele.
Afinal,
mesmo sendo chefe do Poder Judiciário, um dos Três Poderes da República, o costume
do cachimbo deixou-lhe a boca torta e não resistiu à tentação e oportunidade de
exercer a vassalagem que o levou a tão altas nuvens.
Mas
tudo passa, tudo acaba. Até a paciência pacifista do povo brasileiro, que paga
gordos salários e banca altos privilégios a agentes públicos impatriotas.
Osmar
Silva – Jornalista – Presidente da Associação da Imprensa de Rondônia-AIRON – sr.osmarsilva@gmail.com –
WhatsApp 99265.0362
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