Domingo, 17 de março de 2019 - 06h05
Não me
toque, não me rele, não me olhe com essa cara, não fale assim! Tá pensando o
que? Quer ser preso? Foi o que pensou e falou o ministro Enrique Ricardo Lewandowski ao
passageiro do avião que o interpelou.
É
assim que os todos poderosos ministros da justiça brasileira, com raríssimas
exceções, se comportam diante do prenúncio de qualquer coisa que lhes
desagrade.
O
ministro Gilmar Mendes, da mesma corte, comparou agentes da Receita Federal que
investigavam suas movimentações financeira aos membros da Gestapo, a temível
polícia política de Hitler.
Não
suportam críticas, opiniões contrárias nem qualquer tipo de fiscalização de
seus atos, de suas vidas. São adversos ao contraditório, principalmente se
versar sobre seus ‘equívocos’ jurídicos ou atos e comportamentos profissionais.
Não,
não e não! E sabem por que? Porque ‘Deuses’ não erram! São intocáveis. É assim
que se acham.
É só
na Constituição que são pessoas públicas. Mas o público, o cidadão, não é digno
de sequer tocar a fímbria de suas togas, roupa sagrada dos ‘sacerdotes’ da lei.
Entenda,
‘Eles’, são os guardiões da Lei, os intérpretes da Lei, os que ‘alargam’ o
alcance da Lei e os que ‘encolhem’ a abrangência da Lei conforme suas
‘sagradas’ cabeças, suas ‘sapiências’ infalíveis. Tudo de acordo com o
interesse, a conveniência e a necessidade. Própria ou de outrem?.
Deu
para entender? Os guardiões, intérpretes e aplicadores da Lei ‘usurpam’ a
competência do Congresso Nacional e fazem, às suas interpretações, a própria
Lei. Eles são, aos seus juízos, o espírito da Lei.
Então,
vida pública passível de erros, críticas e admoestações são coisas para os políticos,
para os membros dos poderes executivo e legislativo, que dependem da avaliação
do público, do voto do cidadão.
Quer
criticar? Critique o governador, o presidente, o prefeito, o senador, os
deputados, os vereadores, os ministros, os secretários. A nós, não! Não
dependemos do voto do público, do eleitor.
O
público só entra em nossa vida para pagar nossas contas, nossos benefícios,
nossos privilégios, nosso champanhe, nosso jatinho, nossa criadagem, tudo que
está na Lei.
É por
conta dessa arrogância toda que vemos vossas excelências melindradas, nervosas,
subindo nos tamancos com o povo brasileiro que insiste em criticar suas falhas
nas redes sociais, em todos os cantos e por todos os meios.
Mas
eles são intocáveis. Todos poderosos. Por isso mesmo, vítimas da plebe ignara
que estão sendo agora, mandam instalar inquérito, de ofício, para investigar
cada bobagem que falamos, escrevemos ou pensamos. E vão julgar, eles mesmos, as
nossas falhas. Que chance temos de salvação?
Viu a
democracia deles, o estado democrático de direito que eles entendem? O tamanho
da liberdade e independência que acreditam ter?
E nem
venha com papo de que o inquérito autorizado pelo presidente do Supremo
Tribunal Federal, José Antônio Dias Toffoli, contra
o povo brasileiro é ato de censura. De forma alguma.
É, na
verdade, ato ilegal diante do ordenamento jurídico do Brasil. É demonstração
clara de arrogância e desprezo pelo povo brasileiro. Além de ato ditatorial de
quem se acha acima da lei.
São
falsos patriotas, profetas da impunidade. Querem acabar a Lava-a-Jato,
aproveitando que o juiz Sérgio Moro, a pedra grossa do sapato, se afastou da
magistratura.
Acham
que a procuradora geral da República, Raquel Dodge e o coordenador da Operação
Lava a Jato, Deltan Martinazzo Dallagnol,
são galhos fracos. Por isso, mandaram os corruptos, ladrões e criminosos do
povo brasileiro para a competência da Justiça Eleitoral. Sem estrutura, sem
pessoal e sem experiência. Tiraram da esfera criminal que tem tudo qua a outra
não tem.
Reduziram
a importância da Lava a Jato à metade. Muitos escroques serão beneficiados. O
combate ao crime sai derrotado. Mas outros ganham. Quem, quem, quem?
Isso
tem que acabar. O povo está indignado. Uma luz de esperança surge no Congresso
Nacional. No senado, onde está nascendo a “CPI da Toga” para investigar as
condutas e atos de vossas excelências. E submetê-los à lei e à opinião pública.
Afinal,
quem paga o pão é, também, quem dá o castigo.
Por
fim, além de poderes independentes e de imprensa livres, a democracia só
existirá se o povo, o cidadão, também for livre para pensar, falar, emitir
opinião. Se não for ‘amordaçado’. E isso, o presidente do STF omitiu em sua
fala à imprensa nacional.
OsmarSilva – Jornalista – Presidente da Associação da
Imprensa de Rondônia-AIRON – sr.osmarsilva@gmail.com –
WhatsApp 99265.0364
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