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Osmar Silva

Para onde estamos indo?


Para onde estamos indo? - Gente de Opinião

O Brasil e o Estado de Rondônia que vejo é bastante diferente do que muitos vêm. Torço e peço a Deus para que eu esteja errado. Talvez não tenha conseguido tirar a trava do meu olho, para só então, abrir o olho do outro.

Éramos, até há algumas décadas, uma grande e unida sociedade, mista e plural, que gostava de dar risadas com os nossos próprios defeitos e tirar sarro dos nossos problemas.

O tablóide ‘O Pasquim’ foi um grande exemplo disso e mais: da nossa capacidade e esperteza de rir e fazer rir os tiranos de plantão. A música e o teatro foram fronteiras de resistência na luta honesta pela liberdade e a democracia que haviam nos tirado. Lutando uma luta justa por causas verdadeiras, provadas por atos e fatos, diários.

Isso, num tempo em que não existia redes sociais alimentando a lacração, as mentiras, agora chamadas de fake News. Numa época em que um presidente da República não ensinava o seu colega vizinho a criar uma falsa narrativa para destruir a oposição, e fazê-la valer como se verdade fora.

Hoje temos um governo eleito, de forma nunca esclarecida, atuando em consórcio com o Poder Judiciário que o tirou da cadeia para governar, e ambos criam, e impõem, sobre uma sociedade por eles dividida em pedaços, como se fora uma pizza, suas próprias narrativas. E tudo com força de lei, criadas e sancionadas por eles mesmos. Em alguns momentos, avalizadas por deputados e senadores, em boa parte, já comprados e pagos pelas ’30 moedas’ da traição à Nação e ao seu primado constitucional.

Dando voltas ao mundo, com séquitos gigantescos ou simplesmente em turismo de lua de mel, comprando tapetes de R$ 115 mil e agora descansando em praias ‘fechadas e privativas’ guardadas pelas Forças Armadas, o ‘magnifico’ descansa, para finalmente, andar em seu país ano que vem.  O objetivo são as eleições municipais que pretende ganhar com a garantia de urnas inexpugnáveis, sob controle dos parceiros postos, meticulosamente, no Tribunal Superior Eleitoral e, no Supremo Tribunal Federal, onde as Forças Armadas não podem mais meter o bico. 

Condutas que indicam, simplesmente, a determinação de cumprir um projeto de poder onde a oposição, seja lá qual for, não terá chance de vencer ou, até mesmo, de competir. Como ocorre, por exemplo, na Rússia, na China e na Venezuela onde os opositores são mortos, presos por qualquer coisa ou, simplesmente, desaparecem.

Esse país sem segurança jurídica, onde o crime e a impunidade imperam nas ruas, nas delegacias e nos varas judiciais; que trocou a harmonia por um consórcio entre os poderes; nação, onde o rabecão dos IML’s recolhem dezenas de milhares de corpos largados nas ruas das cidades, numa guerra civil não declarada, matando mais que as guerras da Rússia contra a Ucrânia e de Israel contra o Hamas; nação onde o inocente é preso e o criminoso é solto; onde o cidadão não pode ter arma para defender a si nem sua família, nem sua casa, nem sua terra mas, o bandido, pode ter a arma que quiser para matar, roubar, invadir e destruir com a certeza de que, se for preso, será solto para continuar sua missão demoníaca sob a leniência e até a proteção das autoridades de todos os escalões dos poderes.

É neste país que entraremos cheios de esperanças em 2024. Esperança que, para se concretizar, será preciso ver, enxergar e entender o Brasil que temos, para poder lutar pelo Brasil que queremos.

E é assim que estou vendo o Brasil.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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