Domingo, 19 de agosto de 2012 - 08h04
O arauto da moralidade, ícone de competência e 1º torcedor do ‘quanto pior melhor’, Hermínio Coelho, por acaso presidente da Assembléia Legislativa do Estado, não teve muito para comemorar na sua primeira demonstração de força política para dinamizar a campanha da jovem Mariana Carvalho rumo ao palácio municipal. Pomposamente e com toda a autoridade de quem dirige o segundo maior poder desta unidade federativa da República, convocou todas as lideranças e amigos sob seu comando, diga-se ocupantes de cargos e funções comissionadas, para uma demonstração de força e apoio política à candidata tucana. Mas somente cerca de quinhentos gatos pingados compareceram ao evento.
- Nossa! Só isso? Achei que vinha mais gente! Comentou um dos presentes, meio decepcionado.
- Não veio nem um terço do pessoal! Completou o colega do lado. Ambos, como os demais, rodaram de um lado para o outro, ouviram discursos e foram para casa matutando o fiasco do encontro.
- Achei que o homem tinha mais força. Também, só vive falando mal dos outros!
Esse evento político demonstrou com clareza que os discursos, acusações e ataques inflamados do deputado a tudo e a todos estão cansando, fatigando o público e até mesmo os mais chegados.
Fico pensando o que leva um migrante simpático e modesto, que a cidade recebeu de braços abertos oferecendo-lhe todas as oportunidades, a se transformar em alguém arrogante, rancoroso e tão presunçoso. Primeiro, cospe no prato que comeu e se deixa dominar por uma ambição desmedida. Nessa caminhada vale tudo. Encarnando uma pseuda reserva moral, dá-se ao direito de se transformar em pau de bater em doido e, sai da frente senão eu arrebento.
Esse comportamento parece dizer que ‘nessa terra não tem homem, por isso o homem dessa terra sou eu’. Foi seguindo esse raciocínio que o Valter Araujo se deu mal. Se achava o mais esperto, o mais inteligente. E vejam no que deu. Só que hoje, há quem jure por aí, que com a ajuda de Hermínio, num desses acordos traiçoeiros no meio da noite, para defenestrar o amigo e usapar-lhe a cadeira. ‘Por isso, foi poupado, mesmo com fortes indícios de seu envolvimento no esquema criminoso’ completam os defensores da suspeição. Tem nexo. Afinal, era o vice-presidente e seu nome foi citado como beneficiário. Ele, que abandonou o ninho de onde saiu da casca, o PT, deu uma de Lula. ‘Não sei, não vi nem ouvi nada’. Santa inocência!
Um dito popular afirma que ‘quem com muitas pedras mexe, uma bate-lhe na cabeça!’ A prudência indica que, para continuar o vício do joguinho de cartas nas madrugadas, a bom dinheiro em apostas, e os pecadinhos d resto da noite, bom mesmo é cuidar da própria casa, tão cheia de erros, falhas e delitos. E por isso mesmo, sem nenhuma transparência. ‘Macaco que olha o rabo do outro, esquece o seu’ ensina a voz do povo.
Fonte: Osmar Silva – e-mail: sr.osmarsilva@gmail.com
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